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Investimento em obras de prevenção e resposta a desastres naturais ultrapassa R$ 4,48 bilhões no Rio de Janeiro
Publicado em
23/12/2013 14h58
Atualizado em
30/10/2014 16h23
Brasília, 23/12/2013 – Os investimentos federais realizados em parceria com o estado do Rio de Janeiro em ações de prevenção e resposta a desastres naturais são da ordem de R$ 4,48 bilhões e contemplam desde obras de contenção de encostas e drenagem a medidas para recuperar estragos causados por enxurradas ou inundações.
De acordo com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que coordena as ações dos vários ministérios envolvidos, por meio de reuniões de monitoramento de resultados, o principal objetivo é salvar vidas. “Trabalhamos muito ao longo desse ano e ainda estamos trabalhando para evitar vítimas no contexto das fortes chuvas. Esse investimento é resultado de um grande esforço do governo e interlocução sistemática com o estado e os municípios”, disse.
Em obras estruturantes, o investimento na capital do estado e na Baixada Fluminense é de R$ 2,47 bilhões para contenção de encostas e de cheias, além de drenagem. O repasse é via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dentro do Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, coordenado pela Casa Civil e executado por sete ministérios com a participação de estados e municípios.
Essas obras serão realizadas na capital e nas cidades de Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Magé e Queimados. Também estão sendo repassados recursos para a realização de estudos e projetos no valor de R$ 14,5 milhões para o planejamento de futuras obras.
Já na região Serrana do estado, os investimentos em infraestrutura contemplam obras de prevenção, como contenção de encostas, drenagem, macrodrenagem de rios, reconstrução de pontes e construção de 4,4 mil moradias populares.
Os municípios fluminenses receberam também do governo federal, ao longo deste ano, mais de R$ 19,4 milhões para ações de socorro e assistência, destinadas ao restabelecimento das condições de segurança e habitabilidade de áreas atingidas pelos desastres.
Do total repassado, Duque de Caxias conta com R$ 3,1 milhões para recuperar estragos causados por enxurradas. Petrópolis e Angra dos Reis receberam, respectivamente, R$ 8 milhões R$ 1,5 milhão para restauração de danos causados por deslizamento. Para a Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro foram repassados no valor de R$ 6,8 milhões para recuperar os danos causados por inundações.
Monitoramento e Alerta
Na área de monitoramento e alerta, destaque para a conclusão do mapeamento de risco hidrológico, que aponta a vulnerabilidade de inundação dos principais rios do estado. Os dados estão disponíveis no Atlas de Vulnerabilidade e podem ser acessados neste link.
A Agência Nacional de Águas (ANA) tem instalado equipamentos para reforçar e modernizar a sala de situação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O objetivo desses espaços é acompanhar as tendências hidrológicas, com a análise da evolução das chuvas, níveis e das vazões dos rios e reservatórios, auxiliando na prevenção de eventos extremos.
Também já foram instalados no estado 309 novos equipamentos para medir o volume de chuva, com o objetivo de antecipar o risco de deslizamentos, enchentes e inundações. São, ao todo, 252 novos pluviômetros automáticos e 57 semiautomáticos. A região Serrana do Rio de Janeiro já dispõe de 92 unidades.
Destaque também para seis novas estações hidrológicas instaladas em Angra dos Reis (duas), Areal, Queimados, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. Elas aumentam a capacidade de monitoramento das cheias dos rios, com a transmissão de dados remotos de áreas com risco de enchentes e inundações.
Recursos emergenciais
Na última terça-feira (17), Em reunião realizada na Casa Civil da Presidência da República, o governo federal autorizou a liberação imediata de R$ 10 milhões, em recursos emergenciais, para ações na Baixada Fluminense. O montante será repassado via Cartão de Pagamento da Defesa Civil.
Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, que coordenou o encontro, os valores serão direcionados para ações como aluguel social, desassoreamento de rios e aluguel de equipamentos para limpeza das áreas atingidas. “A nossa ideia é somar esforços para enfrentar esses problemas e ajudar essa população. Precisamos socorrer as vítimas”, disse.
Informações sobre o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais estão disponíveis no Observatório das Chuvas.