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Brasil está mais preparado para desastres naturais
Publicado em
14/11/2013 14h44
Atualizado em
30/10/2014 16h23
Brasília, 14/11/2013 – Com o mapeamento de áreas de risco, instalação de pluviômetros e o fortalecimento de unidades da Defesa Civil nos estados, o Brasil poderá responder com mais agilidade às situações de emergência provocadas por chuvas e temporais. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, diz que “o país está mais preparado para enfrentar os desastres naturais”. Acrescentou que este é o resultado de um grande esforço do governo e da atuação articulada de diversos órgãos e interlocução sistemática com estados e municípios. “O Brasil começou a vencer o desafio de se organizar para enfrentar os desastres naturais e consolida um sistema nacional de gestão de riscos e respostas”, destaca.
As ações integram o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República e executado por sete ministérios com a participação dos estados e municípios. O balanço da iniciativa, que contempla medidas divididas em quatro eixos temáticos – prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta e resposta a desastres - a serem implementadas até 2014, foi apresentado na tarde de ontem (13), em reunião realizada na Casa Civil, com a participação dos ministros Gleisi Hoffmann, Marco Antonio Raupp (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e Francisco José Coelho Teixeira (interino do Ministério da Integração Nacional), entre outras autoridades.
Entre as principais conquistas da iniciativa está a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e a estruturação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). As unidades ligadas aos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Integração Nacional (MI), respectivamente, atuam 24 horas por dia durante toda a semana e emitem alertas para situações de enxurradas e deslizamentos com até seis horas de antecedência.
O plano também já efetuou o mapeamento de áreas de risco nas regiões urbanas de 538 munícipios, dos 821 prioritários por apresentarem maior recorrência de inundação, enxurradas e deslizamentos, número de óbitos, desabrigados e desalojados, registrados nos últimos 20 anos. O levantamento, realizado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), ligado ao Ministério de Minas e Energia, apontou que existem hoje no país 560 mil moradias em áreas de risco. O estudo já está sendo utilizado pelo Cemaden para intensificar os alertas e mostrou resultados no período de chuvas deste ano.
Gleisi Hoffmann lembra, ainda, que o Ministério da Integração já instituiu um protocolo de emissão de alertas, com a definição de papeis e interação entre os órgãos envolvidos. Já a Agência Nacional de Águas (ANA) também implantou salas de situação em 23 estados e mapeou riscos hidrológicos em todo o país.
Todo esse esforço já demonstra resultados práticos. Por meio da ação integrada foi possível avisar com antecedência a população de estados como Santa Catarina, por exemplo, sobre os temporais que atingiram a região no final de setembro. As famílias conseguiram sair das moradias para abrigos e, além de salvar vidas, foi possível preservar bens materiais.
O MCTI também já iniciou a instalação de pluviômetros automáticos e semiautomáticos. Até a primeira quinzena deste mês, foram instalados 603 equipamentos automáticos, sendo que 501 já estão transmitindo dados, o que aumenta a cobertura de áreas de risco, como na Região Serrana do Rio de Janeiro que já dispõe de 92 unidades. A pasta também já instalou um radar, em Natal (RN), que deve iniciar o envio de informações na próxima semana. Outros dois equipamentos serão instalados ainda este ano e cobrirão parte da estação chuvosa.
Destaque também para o investimento em obras de drenagem, contenção de encostas e de cheias e barragens. Serão investidos nessas ações R$ 21 bilhões, sendo que R$ 19 bilhões já estão contratados pelos estados e municípios.
Socorro e assistência
Para atender a população afetada por desastres naturais com maior agilidade, o Ministério da Integração desenvolveu ao longo desse ano o trabalho de fortalecimento das defesas civis municipais com a entrega de kits (caminhonete 4x4, tablete, GPS e rádio) para 91 cidades. O MI também alcançou 1,7 mil munícipios com Cartão de Pagamento da Defesa Civil, dos quais 700 são da lista dos 821 municípios prioritários. Já o Ministério da Saúde estruturou a Força Nacional do SUS, com a disponibilização de 42 equipes de resposta de prontidão com escalas regionalizadas.
O Ministério da Defesa adquiriu e disponibilizou módulos com equipamentos para resposta a desastres naturais para as regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Cada unidade é composta por 600 itens, como pontes móveis, viaturas, embarcações e tratores, comunicação por satélite, ambulância e barracas hospitalares, além de hospital de campanha.
Informações detalhadas sobre o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais e a execução das metas podem ser acessadas no Observatório das Chuvas, no endereço http://www.brasil.gov.br/observatoriodaschuvas/index.html. Os dados também podem ser obtidos diretamente nos órgãos executores:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Site: http://www.mct.gov.br/
Telefone: (61) 2033-7515
Ministério da Integração Nacional
Site: www.mi.gov.br
Telefone: (61) 2034-5836
Ministério da Defesa
Site: http://www.defesa.gov.br/
Telefone: (61) 3312-4070
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Site: http://www.planejamento.gov.br/
Telefone: (61) 2020-4547
Ministério da Saúde
Site: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.html
Telefone: (61) 2034-5836
Ministério das Cidades
Site: http://www.cidades.gov.br/
Telefone: (61) 2108-1602
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)
Site: http://www.cprm.gov.br/
Telefone: (61) 33212949
Agência Nacional de Águas (ANA)
Site: http://www.ana.gov.br/
Telefone: (61) 2109-5495