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A verdade sobre as Apaes
Publicado em
17/10/2013 16h47
Atualizado em
30/10/2014 16h23
Por Gleisi Hoffmann
Acredito que na vida pública temos condições de defender os interesses, as aspirações e os sonhos do que mais precisam da proteção do Estado – uma missão tão relevante que dá sentido à vida de quem busca uma carreira política.
Uma face sombria de participar do jogo político, no entanto, é conviver com a truculência verbal, a calúnia, a injúria e as invenções infamantes divulgadas sem qualquer comprovação e sem ter relação com os fatos e a realidade.
Foi o que ocorreu com uma nota caluniosa que um site da internet divulgou sobre minha relação com as Apaes - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais.
Sou aliada histórica da entidade, tanto que a Federação das Apaes redigiu nota oficial confrontando o site e atestando minha condição de parceira de luta. O site, infelizmente, ignorou os argumentos inquestionáveis da Federação em minha defesa.
Para impedir que a mentira prosperasse, tive de recorrer à Justiça. Na tarde da quarta-feira (16), o Tribunal de Justiça do Paraná me concedeu direito de resposta, garantido constitucionalmente pelo artigo 5º, V da Constituição, contra a nota mentirosa.
Estou feliz e aliviada, sentimentos agradáveis que não me aconteciam desde que a informação inverídica foi divulgada, em agosto passado, provocando uma onda de boatos e de calúnias na internet citando indevidamente o meu nome.
Não é justo que espalhem mentiras sobre ninguém. A ascensão política exige, e deve exigir, rigidez moral dos responsáveis pela administração pública. Isso não se discute. E aos meios de informação exige-se compromisso com a verdade dos fatos.
A imprensa livre e a liberdade de expressão são conquistas máximas da democracia. E prestam um serviço insubstituível quando apresentam suas críticas sem cair no ataque pessoal, sem destilar preconceitos e sem desmerecer o trabalho político.
Tenho grande respeito por críticas feitas em ambiente de urbanidade porque não acho que a imprensa possa ser vista como obstáculo entre a classe política e o povo. Ao contrário. Se temos popularidade, em boa parte, é por causa da imprensa, e não apesar dela.