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Pesquisa inédita mostra que o Brasil tem 370 mil usuários de crack nas capitais
Brasília, 19/09/2013 - Uma pesquisa inédita feita pela FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), ligada ao Ministério da Saúde e em parceria com a Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas (Senad) do Ministérios da Justiça revelou que o Brasil tem cerca de 370 mil usuários de crack e similares nas capitais. Este é o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que apresentou o levantamento, afirmou que a pesquisa é audaciosa e mostra o quanto o problema das drogas é grave no país. “Nós temos 370 mil usuários em regiões de capitais, segundo a estimativa feita, sendo 50 mil crianças. Então vocês veem um dado forte e deve ser objeto da nossa atenção”, afirmou.
Segundo o ministro, a pesquisa confirmou as premissas do plano do governo, “Crack,
é possível vencer”, mas que diante dos novos resultados, estuda redirecionar algumas das políticas públicas aplicadas no enfrentamento às drogas. “É evidente que em relação a outros elementos que estão apontados na pesquisa, nós vamos fazer ajustes, seja do ponto de vista de ações territoriais seja do ponto de vista de até mesmo da integração de outros programas para o enfretamento da questão”.
A pesquisa mostrou que o maior consumo da droga está na região Nordeste, com estimativa de 148 mil usuários. O Sudeste fica em segundo, com 113 mil usuários, seguido pelo Centro-oeste, 51 mil usuários, sul, 37 mil usuários e Norte com 33 mil usuários. Nesta etapa foram entrevistados 25 mil pessoas das capitais brasileiras, direta ou indiretamente.
Em outro cenário, o levantamento mostrou que o perfil dos usuários é de adultos com média de idade de 30 anos e predominantemente homens, cerca de 80%. Vitore Maximiniano, secretário do Senad, destacou o resultado preocupante com relação às mulheres. “As mulheres é um tema que nos preocupa muitíssimo [...], 44% revelaram violência sexual [...], 10% de mulheres estavam grávidas no momento da entrevista e 50% mencionaram que se engravidaram durante o uso regular do crack. É um dado absolutamente preocupante”.
Os dados da pesquisa estão disponíveis nos links:
Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do País
Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil