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Gleisi defende investimentos da iniciativa privada em infraestrutura
Brasília, 22/08/2013 – A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quinta-feira uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de infraestrutura necessários ao desenvolvimento da economia do País. Segundo ela, sem esse apoio “não conseguiremos fazer frente aos desafios do Brasil". A ministra falou durante reunião do Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
A ministra também destacou que o Brasil dispõe de oportunidades de investimento da ordem de R$ 1,1 trilhão. “A média global de estoque de capital sobre infraestrutura é de 71% em relação ao PIB [Produto Interno Bruto]. O Brasil está em 16%. Nós precisamos trabalhar muito para chegar ao nível de investimento importante no País”, disse Gleisi.
Ela lembrou que para estimular a participação do setor privado foi lançado, no início do segundo semestre de 2012, o Programa de Investimento em Logística (PIL), que prevê a integração de vários modais de transporte – rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, num investimento privado da ordem de R$ 213 bilhões. “Isso é muito importante para a sustentação do nosso crescimento e da nossa economia”. Acrescentou que os primeiros leilões de rodovias estão previstos para setembro de 2013.
Gleisi Hoffmann pontuou ainda que o País conta com um sistema sustentável de financiamento. “Muitos criticam o aporte de recursos dos bancos estatais, dizendo que isso tem impacto na nossa dívida bruta. É óbvio que tem impacto, mas não é um impacto descontrolado e é extremamente importante para que o Brasil sustente esses investimentos. Se não fosse hoje o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], com sua política de investimento ousado, nós dificilmente teríamos condições de ter investimentos da iniciativa privada", afirmou.
A ministra da Casa Civil lembrou que o Brasil atingiu o menor patamar de juros da história entre novembro de 2012 e março de 2013 em 7,25% ao ano. Ela também destacou que o País teve uma recomposição dos juros em razão do processo inflacionário. “Mas temos taxas bem menores do que praticamos no nosso histórico", completou.
Veja aqui o discurso da ministra Gleisi Hoffmann na íntegra.