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COMBATE A EPIDEMIAS
USP tenta adaptar medicamentos para combater COVID-19
Adaptar medicamentos já utilizados contra outras doenças é uma das propostas da Universidade de São Paulo (USP) no enfrentamento ao coronavírus. Selecionado no Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o projeto é de um laboratório especializado na tecnologia de triagem fenotípica, que identifica a utilidade de fármacos existentes contra diversos patógenos, como vírus e bactérias.
O projeto se encontra em um estágio de testes celulares, o primeiro de três passos. As células são infectadas e depois são colocadas em contato com os remédios. As drogas que agem contra o vírus de forma eficaz e não são tóxicas seguem para testes em animais. Caso aprovadas nessa etapa, serão testadas em pequenos grupos de humanos.
“O que queremos fazer é o que já conseguimos com a febre amarela, que foi disponibilizar um tratamento de reposicionamento. Nós descobrimos que a droga Sofosbuvir, originalmente produzida para a hepatite C, funciona contra a febre amarela”, explica Lucio Freitas-Junior, coordenador do projeto e pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
Uma característica do laboratório no qual se desenrolam as atividades é a proximidade com a indústria farmacêutica. A relação com a iniciativa privada facilitou a reforma da estrutura e o acesso a diversos medicamentos. Os recursos repassados pela CAPES viabilizaram a presença de bolsistas no projeto.
Bianca Peres é uma das pesquisadoras que integram a equipe. Bolsista de pós-doutorado, ela conta que a gama de vírus e remédios disponível no laboratório permite uma diversificação no trabalho. “O SARS-CoV2 (coronavírus) é o carro-chefe, mas testaremos os fármacos em outros vírus, como os causadores de dengue, zika e chikungunya.”
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O
Programa
está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. As propostas selecionadas vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
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Confira o resultado final do Edital nº 09/2020
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Confira o resultado final do Edital nº 11/2020
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Confira o resultado final do Edital nº 12/2020
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Lucio Freitas-Junior, coordenador do projeto, mostra as etapas desenvolvidas no laboratório até que um medicamento seja aprovado
(Foto: Guilherme Pera - CCS/CAPES)
Imagem 2:
Bianca Peres, bolsista da CAPES para o projeto, destaca que, apesar de o coronavírus ser o carro-chefe, a tecnologia será usada para outros tipos de vírus
(Foto: Guilherme Pera - CCS/CAPES)
Imagem 3:
Pesquisadora demonstra como é parte do procedimento feito em laboratório
(Foto: Guilherme Pera - CCS/CAPES)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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