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MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Universidade mineira cria centro de produção de hidrogênio
A Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, vai oferecer soluções para a redução do uso de produtos poluentes e contribuir na mitigação dos efeitos causados pelas mudanças climáticas. A construção do Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), está em andamento e tem como objetivo desenvolver e diversificar o uso do hidrogênio no Brasil. O Centro também produzirá amônia, substância utilizada no transporte do hidrogênio e na fabricação de fertilizantes, o que contribuirá com a agricultura brasileira.
“Os produtos terão redução na emissão de carbono. Vamos fazer adaptações tecnológicas nos equipamentos para funcionar com o hidrogênio”, disse Edson da Costa Bortoni, reitor da Unifei, que no dia 10 de março, apresentou o projeto à Mercedes Bustamante, presidente da CAPES. Grande parte da equipe de pesquisadores foi bolsista da Fundação, e trabalha nas área de engenharia elétrica, mecânica, térmica, ambiental e econômica voltadas à produção de hidrogênio. O trabalho prevê a transformação de energias eólica e solar em hidrogênio, a ser armazenado em tanques no período de baixa geração devido à escassez de vento ou pouca incidência solar.
Bustamante parabenizou a Unifei pelo projeto e afirmou que o Brasil precisa priorizar o uso de energias renováveis, como forma de impulsionar a economia com um olhar para a sustentabilidade. “A ciência realizada nas instituições de ensino e pesquisas brasileiras tem muito a contribuir com essa transformação”, afirmou. O chamado hidrogênio verde não gera poluição e os seus resíduos são formados por oxigênio e água. Bortoni acredita que a CAPES também pode ser parceira do projeto, que conta com recursos da Agência Alemã de Cooperação (GIZ). O Centro deverá iniciar suas operações em dezembro deste ano.
O projeto começou a ser idealizado em 2022 como uma forma de ajudar as empresas brasileiras em sua transição energética, reduzindo suas emissões de carbono e aumentando a aceitação de seus produtos nos mercados nacional e internacional. “Os automóveis poderiam ser movidos com hidrogênio verde e ter emissão zero de carbono”, destacou o reitor. A Agência Internacional da Energia estima um aumento da demanda global de energia de 25% a 30% até 2040, o que representa mais emissões de gás carbono. O uso do hidrogênio verde, na avaliação de Bortoni, é um dos pontos-chave para evitar o agravamento das consequências das mudanças climáticas.
Sobre a Unifei
Criada em 1913 e transformada em universidade em 2002, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) tem seis programas de pós-graduação stricto sensu, além de seis cursos de mestrado acadêmico e cinco de mestrado profissional. A instituição possui cerca de 7.900 alunos entre graduação, pós-graduação e educação a distância.
Legenda das imagens:
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Imagem ilustrativa
(Foto: iStock
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Imagem 1:
Ao centro, Edson da Costa Bortoni, reitor da Unifei, na reunião com Mercedes Bustamante, presidente da CAPES
(Foto:
Naiara Demarco - CGCOM/CAPES
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Imagem 2: Centro de Hidrogênio Verde (CH2V)
(Foto: Divulgação
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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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