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COMBATE A EPIDEMIAS
Unifesp analisa o risco do câncer na pandemia
O câncer é perigoso ao ser associado à COVID-19. E é necessário entender o porquê para evitar altos índices de mortalidade de pacientes oncológicos durante a pandemia. Um dos projetos da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) selecionados no Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) quer mapear as citocinas das duas doenças para identificar onde está o problema e saber como agir para solucioná-lo. O trabalho é coordenado por Elizabeth Chen, que estuda o tema câncer há 20 anos.
Na Unifesp, é feita a análise de amostras coletadas no hospital Ophir Loyola, de Belém (PA), referência em oncologia na Região Norte. O laboratório de biologia molecular da unidade de saúde é coordenado por Rommel Burbano, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e parceiro de pesquisa de longa data de Elizabeth. “No laboratório, temos acesso, com a aprovação do projeto pelo conselho de ética, a todos os pacientes oncológicos que foram infectados por COVID-19”, diz Burbano.
Cerca de 400 amostras serão analisadas. São quatro grupos de pacientes: acometidos por câncer, infectados pelo vírus corona, pessoas vivas diagnosticadas com ambas as doenças e gente que tinha câncer e COVID-19 e morreu. “O nosso estudo vem para tentar entender o papel das citocinas inflamatórias nos pacientes com câncer e com COVID-19”, explica Elizabeth Chen. Para isso, será feito um mapeamento a fim de identificar os fatores que levam à mortalidade.
Cabe a uma bolsista da CAPES uma etapa fundamental do trabalho. “A parte prática do projeto sou eu que vou desenvolver, com a análise a expressão das citocinas nos pacientes com câncer e com COVID-19 e a avaliação dos dados”, conta a paraense Tamirys Pimenta, indicada por Burbano para trabalhar junto a Elizabeth em São Paulo.
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O
Programa
está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. As propostas selecionadas vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
Legenda das imagens:
Imagem 1: Tamirys Pimenta, bolsista da CAPES para o projeto, é responsável pela parte prática: cabe à pesquisadora analisar as citocinas e avaliar os dados (Foto: Rodolfo Muniz - CCS/CAPES)
Imagem 2: Elizabeth Chen, professora de Genética da Universidade Federal de São Paulo, quer mapear citocinas em pacientes oncológicos e com COVID-19 para entender o porquê de o câncer ser um fator de risco na pandemia
(Foto: Rodolfo Muniz - CCS/CAPES)
Legenda das imagens:
Imagem 3: Elizabeth Chen é pesquisadora da Escola Paulista de Medicina e estuda câncer há 20 anos
(Foto: Rodolfo Muniz - CCS/CAPES)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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