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UFPel e Unirio promovem Escola de Altos Estudos
UFPel e Unirio promovem Escola de Altos Estudos sobre patrimônio e políticas de memória
Durante todo o mês de outubro, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) promoverão a Escola de Altos Estudos (EAE) “Políticas de memória: narrativas, esquecimento e usos do passado”. O objetivo é aprofundar a reflexão sobre processos de patrimonialização, com ênfase nos diferentes usos do tempo e da memória. De acordo com os organizadores do evento, a Escola pretende analisar a construção de uma ordem e de sistemas culturais que permitem compreender como uma sociedade trata seu passado.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail memoriapatrimonio@ufpel.edu.br até sexta-feira, dia 30 de setembro. As aulas serão presenciais sendo o primeiro módulo na UFPEL e o segundo na UNIRIO.
Entre os dias 3 e 14 de outubro o evento acontece no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPEL. Nos dias 17 a 28 de outubro, a Escola terá como local o Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO. O curso ocorrerá durante todas as manhãs, de 9h às 12:30h.
A EAE foi originalmente projetada para ser ministrada pelos antropólogos franceses Daniel Fabre e Octave Debary, mas em razão do falecimento do primeiro, será desenvolvida na íntegra pelo professor Debary, docente na Universidade Paris Descartes, Sorbonne Paris-Cité. O antropólogo vem trabalhando desde alguns anos com o tema da Antropologia do patrimônio, abordando os processos de qualificação e requalificação de espaços sociais em espaços culturais ou patrimoniais e com a Antropologia da memória, com ênfase na relação entre a narrativa da história e as formas de seu esquecimento. Estes trabalhos centrados nos mecanismos de esquecimento e as funções sociais da memória são desenvolvidos por Octave Debary em vários países como França, Canadá, Estados Unidos, Suécia.
Segundo a professora Maria Leticia Mazzucchi Ferreira, a EAE buscará refletir sobre as novas perspectivas abertas nos últimos vinte anos sobre a redefinição antropológica da cultura. “Concebida não como uma noção analítica das Ciências Sociais, mas na perspectiva pragmática, como um instrumento da prática à disposição de grupos e de indivíduos que buscam construir referências encarnadas em coisas que devem atravessar o tempo, do passado ao futuro”, explica.
Escola de Altos Estudos
A Escola de Altos Estudos consiste em atividade de cooperação acadêmico-internacional na forma de cursos de curta duração. Trata-se de uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para fomentar a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu. O objetivo é trazer professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conceito internacional para a realização de cursos monográficos, a fim de fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação de instituições brasileiras.
Parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), a EAE se desenvolve com recursos Capes, que são empregados em passagens aéreas, hospedagem e apoio operacional. Todos os cursos são documentados e passam a integrar o acervo da agência.
Os cursos ministrados pelos especialistas estrangeiros têm curta duração e somam créditos para o programa de pós-graduação dos participantes. A Capes incentiva a formação de consórcios entre universidades para ampliar o acesso aos eventos. Quando possível participar via internet ou teleconferência, o curso também deve contabilizar créditos.
(Pedro Arcanjo)