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Amazônia Legal
UFMT: sustentabilidade na cadeia produtiva de Mato Grosso
Monitorar e modelar a flora e a fauna de rios e matas de galeria, no sul da Amazônia, observando como são modificadas por atividades humanas e uso do solo. Este é um dos projetos desenvolvidos pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), selecionados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal da CAPES.
As atividades da proposta, que envolve profissionais com diferentes formações, acontecerão em áreas de grande expansão da fronteira agrícola no norte do Mato Grosso. “Uma das mais ricas em biodiversidade, por estar na zona ecotonal, entre o Cerrado e a Amazônia”, explica Jackson Resende, pró-reitor da UFMT. Ele conta que os resultados da pesquisa poderão subsidiar métodos e práticas sustentáveis para a região e futuras avaliações em áreas expostas à expansão do setor agropecuário.
Paralelamente haverá um trabalho de recuperação e remediação em áreas degradadas, envolvendo organismos aquáticos e de solo. Para Resende, o que torna sua proposta inédita é a possibilidade de “criação de protocolos de ação conjunta, para maximizar o alcance de dados de bioindicação e implantar biomonitoramento”.
Esse trabalho vai integrar ações dos programas de pós-graduação (PPGs) em Ciências Ambientais, Zoologia e Ecologia e Conservação da Biodiversidade. Além da aplicação científica, deve formar profissionais qualificados para se fixarem na região, promovendo o desenvolvimento local a partir de parcerias público-privadas.
Produção animal e vegetal renováveis
Na segunda proposta da UFMT, os pesquisadores da área de Agrárias querem melhorar a produção animal e vegetal sustentável no bioma Amazônia. Uma das linhas da pesquisa analisa o uso de biochar – biomassa de origem vegetal que, quando aquecida em condições específicas, torna-se rica em carbono. Esse produto pode ser usado como condicionador do solo e fertilizante, ajudando na recuperação de pastagens degradadas e na produção de mudas frutíferas.
A outra vertente do trabalho avalia subprodutos do etanol feito a partir do milho. Segundo Resende, o Mato Grosso é o principal produtor desse tipo de álcool, que melhora o funcionamento das usinas de bioenergia. Ele explica que esse processo industrial gera grãos destilados que têm grande potencial de uso em alimentação de aves, suínos e bovinos: “Uma linha ainda incipiente no Brasil, essa pesquisa pode resultar na diminuição de impacto ambiental da pecuária, com a redução da emissão de metano por ruminantes”.
Nesse projeto atuarão pesquisadores dos PPGs em Ciência Animal, Agricultura Tropical, Zootecnia, Agronomia e Engenharia Agrícola. O pró-reitor destaca que a ação da CAPES no desenvolvimento de Programas inseridos em áreas estratégicas como a Amazônia, “consolida ainda mais sua posição institucional no avanço da pós-graduação”.
PDPG Amazônia Legal
O
Programa
incentiva propostas do Plano de Desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação (PPGs)
Stricto Sensu
recomendados pela CAPES, em áreas estratégicas da Amazônia Legal, para consolidar e promover o desenvolvimento científico e tecnológico daquela região, contribuindo para o equilíbrio regional da pós-graduação brasileira.
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Vista aérea do campus da UFMT
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Jackson Resende, pró-reitor da UFMT
(Foto: Arquivo pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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