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COMBATE A EPIDEMIAS
UFG estuda evolução da COVID-19 em crianças
A evolução da COVID-19 em crianças é tema de um dos dois projetos ( leia sobre o outro aqui ) da Universidade Federal de Goiás (UFG) selecionados no Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A instituição de ensino superior goiana fechou parceria com hospitais de Goiânia, capital do estado, para receber amostras de pacientes.
O material é coletado em todas as crianças internadas com a doença causada pelo novo coronavírus ou com Síndrome Respiratória Aguda Grave nas unidades de terapia intensiva (UTIs) dos hospitais participantes. Bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) são encarregados de levar os frascos para o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da UFG, onde são analisados.
Segundo Melissa Avelino, coordenadora do projeto e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFG, a evolução da doença em crianças e em adultos tem sido diferente. “Temos coletado material desde abril. Enquanto que nos adultos há problema respiratório, em crianças o mais comum tem sido o surgimento da MIS-C (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Infantil), muito parecida com um choque tóxico”, explica. Os quadros recorrentes incluem febres persistentes, dores abdominais, vômitos e reações na pele.
Uma das encarregadas pela coleta e análise do material é Mônica de Oliveira Santos, bióloga e bolsista de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFG. “Cumprimos aqui a função do biologista molecular: vamos aos hospitais pegar os equipamentos de coleta via nasal de crianças em internação, isolamos o vírus, sequenciamos, analisamos a sequência e verificamos a agressividade”, conta.
São parceiros do estudo o Hospital das Clínicas da Universidade de Goiás (HC-UFG), onde Melissa atua como médica, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento e o Hospital da Criança.
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O
Programa
está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
Confira o resultado final do Edital nº 09/2020
Confira o resultado final do Edital nº 11/2020
Confira o resultado final do Edital nº 12/2020
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Coordenadora do projeto, Melissa Avelino é médica e atende no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), uma das instituições parceiras do estudo
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
O Hospital da Criança é uma das cinco instituições das quais a equipe do projeto coleta amostras de crianças diagnosticadas com COVID-19 ou Síndrome Respiratória Aguda Grave
(Foto: Divulgação)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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