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UAB mantém aulas de 116 mil alunos
Diferentes tecnologias, como videoaulas e uso de ambientes virtuais, têm sido utilizadas pelo sistema de educação a distância para que as atividades dos cursos continuem.
Videoaulas gravadas e editadas pelos professores, acompanhamento em ambiente virtual de aprendizagem e apoio integral aos alunos por meio de grupos de mensagens instantâneas, webconferências e fóruns. Por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, diferentes tecnologias têm sido utilizadas pelo
Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB)
para que as atividades dos cursos de ensino a distância sejam mantidas.
Os estudantes continuam a participar das aulas nas instituições que integram o programa, com as devidas adequações por causa da COVID-19. Há também tecnologias próprias para as avaliações remotas. Os tutores e assistentes à docência, que são bolsistas da CAPES, estão mobilizados para o atendimento aos estudantes.
“Os processos de educação a distância, mais do que nunca, mostram a sua grande importância durante essa pandemia”, avalia Benedito Aguiar, presidente da CAPES. “Mesmo as instituições que não têm a cultura do uso da EaD estão tendo a oportunidade de reconhecer o seu grande potencial, inclusive, como apoio ao ensino presencial”.
Funcionando desde 8 de junho de 2006, a UAB se transformou no maior programa público de educação a distância. No momento, são 116.755 alunos matriculados em 143 cursos de licenciatura, bacharelado, especialização e de tecnólogo. Participam do sistema 118 instituições públicas de ensino.
Carlos Lenuzza, diretor de Educação Básica da CAPES, afirma que o sistema
UAB
, apesar dos reflexos da pandemia, se apresenta como uma saída que as próprias instituições de ensino estão buscando. “Temos essa experiência da educação a distância e estamos vendo que as universidades estão migrando para esse modelo. Fora a continuidade das atividades, temos tido também notícia de que a equipe da UAB tem sido acionada pelas universidades para ajudar, inclusive na área presencial, a encontrar saídas dentro do foco de qualidade de oferta”, ressalta.
Interiorização do ensino superior
Além de fomentar e desenvolver a educação a distância, a
UAB
tem expandido e interiorizado a oferta de cursos de educação superior no País. Dos 848 polos que compõem o sistema, 70% se localizam em municípios com menos de 100 mil habitantes.
Ludmila Silva Oliveira, se formou no polo de Buritis, cidade mineira com 23 mil habitantes. “É uma oportunidade muito grande para quem mora no interior”, destaca a professora de matemática. “A UAB atingiu um grande objetivo que é levar para o interior do País o conhecimento e contribuir para a redução das desigualdades”, completa Terêncio dos Santos, coordenador do polo de Carpina, município de Pernambuco com 81 mil habitantes.
De cada 100 alunos matriculados na UAB, 68 estão em cursos de licenciatura. O alto índice reforça ainda a relevância do programa para a formação de professores no País. “Hoje os professores não precisam se deslocar longas distâncias para ter acesso a uma formação de qualidade”, argumenta Wantuir Queiroz, coordenador do polo de Santa Cruz de Capibaribe, em Pernambuco. Com o ensino de qualidade, o Sistema UAB contribui para fixar esses profissionais em suas regiões.
Para chegar a lugares distantes, a UAB estimula as instituições de ensino a criar e desenvolver seus programas, métodos e ferramentas de ensino a distância. Depois, incentiva a fazer parcerias com os governos (federal, estadual, municipal) para implementar esses projetos. Ainda em cooperação, implanta centros de formação que sejam permanentes – os polos – em localidades consideradas estratégicas, para que os estudantes possam frequentar as aulas presenciais e, no caso daqueles que não têm computadores e internet, acessar os conteúdos dos materiais didáticos utilizados.
As instituições participantes desenvolvem e oferecem os cursos, produzem os recursos educacionais, selecionam os alunos e conduzem as avaliações dos estudantes. Os municípios e estados ficam responsáveis pelos polos de educação presencial. Cada polo UAB conta com estrutura para atividades presenciais obrigatórias. Elas devem conter laboratório de informática, biblioteca física e salas multiuso. Um mesmo polo UAB pode oferecer cursos desenvolvidos por mais de uma universidade.
Uma pesquisa feita pela CAPES em 2017, com estudantes da UAB, mostra que 82% dos entrevistados recomendariam o curso para outras pessoas. Para 84%, o conteúdo esteve acima do esperado ou cumpriu as expectativas. Segundo estes alunos, os principais desafios para a permanência são a conciliação de trabalho com estudo e a organização do tempo. De um modo geral, o programa é bem avaliado por estudantes de diferentes regiões geográficas.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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