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PRÊMIO CAPES DE TESE
Tese sugere como aumentar eficiência do saneamento básico
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que, em 2018, o Brasil possuía 84% das famílias com água encanada e 53% com esgoto tratado. Os números, apurados com 2.461 empresas de saneamento, revelam, entretanto, que o País ainda está longe de alcançar a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), elaborado em 2013, cujo objetivo é atender 99% dos domicílios brasileiros com água e 92% com esgoto tratados até 2033.
André Danelon, doutor em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 na categoria Economia, constatou que a meta dos 99% “corre sérios riscos de não ser atendida dentro do prazo”. Os principais motivos são os atrasos ocasionados pela pandemia e os desafios institucionais existentes em todo o País. Ele verificou que a eficiência econômica estimada no país para a área está por volta de 85%. Esses resultados indicam que, de forma geral, o setor trabalha perto de sua capacidade-limite e necessita de investimentos e novas tecnologias para aumentar sua capacidade produtiva.
“A expansão dos serviços de saneamento básico é fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira. Além de gerar investimentos, emprego e renda, contribuem para a elevação do estoque de capital humano, por meio de efeitos diretos e indiretos associados à saúde. Mais que isso, promove também o crescimento sustentável da economia”, explica o pesquisador. Para que isso aconteça, Danelon acredita que “o principal caminho é a consolidação de um marco regulatório que garanta estabilidade institucional e estimule a captação de novos investimentos privados, complementando os investimentos públicos e acelerando a expansão do saneamento básico no país”.
Segundo o pesquisador, há uma tendência de aumento de custos ao longo do tempo que pode ocorrer por pressão demográfica em regiões com sistemas de saneamento defasados, ou por aumento de eventos climáticos extremos. Para solucionar o problema, a tese do pesquisador apresenta um modelo econométrico que contribui para a elaboração de uma ferramenta analítica a ser usada pelas agências reguladoras de modo a promover a competitividade no setor e apontar potenciais fatores determinantes do nível de eficiência. “Expandir e aprimorar as atividades de saneamento no Brasil é fundamental para que se obtenha crescimento econômico sustentável”, observa Danelon.
Sobre a premiação
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Prêmio CAPES de Tese
reconhece as melhores teses de doutorado das 49 áreas do conhecimento. Os autores dos trabalhos selecionados receberão bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha. Seu orientador ganhará um prêmio no valor de até R$3 mil, além de certificado, que também será oferecido aos coorientadores e ao programa de pós-graduação.
Dos 49 vencedores, três recebem o Grande Prêmio, que concede uma bolsa para estágio pós-doutoral em instituição internacional, por até 12 meses, certificado e troféu. Cada orientador recebe premiação de R$9 mil para participar de congresso internacional e certificado de premiação, que também será entregue aos coorientadores e ao programa de pós-graduação. Parceiras da CAPES, a Fundação Carlos Chagas e a Dimensions Sciences oferecem prêmios adicionais.
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Imagem 1: André Danelon, vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 na categoria Economia (Foto: Arquivo pessoal)
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ogotipo do Prêmio CAPES de Tese
(Foto: CGCOM/CAPES)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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