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Terceiro painel abordou pesquisa e articulação com o setor empresarial
Na sexta-feira, 5, o americano Roberto Leon, professor de engenharia do Departamento de Engenharia Civil do Virginia Tech, falou, sobre design, construção, propriedades e manutenção do aço. Leon participou do terceiro painel, com título Pesquisa de estruturas de aço na engenharia e na arquitetura , dentro da programação do Seminário Estruturas em Aço, Ensino e Pesquisa Científica e Tecnológica. Ele abordou a necessidade dos pesquisadores estarem atentos às teorias e não abandoná-las. "Quantos de nós entendemos a termodinâmica dos materiais, por exemplo? Qual foi a última vez que analisamos equações?" Leon disse que praticamente não há especialistas em corrosão e destacou a importância da teoria e prática caminharem juntas.
Sobre a sustentabilidade, o professor falou que o aço é de fácil reconstrução e readaptação. "Podemos reutilizar quase tudo, mas é necessário pensar nisso durante a produção", ressaltou. Também foram abordadas questões de como é necessário identificar quem são os parceiros tanto no governo, como no setor produtivo para desenvolver articulações para o desenvolvimento do setor.
Articulação
O coordenador do painel, Eduardo de Miranda Batista, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ), falou sobre a falta de articulação do setor. "Não falta recursos, não falta bolsa, mas falta articulação. Temos que trabalhar em redes, ir além da divulgação de papers, de dar aulas e ganhar bolsa. Precisamos divulgar pesquisas, ir nos ambientes onde estão os estudantes", afirmou.
Angela Uller, da Coordenadoria de Relações Institucionais e Articulações (CRIAR-UFRJ), falou sobre os diversos agentes de interação institucionais: fundações, NITs, pró-reitorias, escritórios de interação, indivíduos e professores e ressaltou a necessidade de a academia compreender a cultura empresarial. "Temos que nos interagir com menos academicismo", afirmou.
Uller apresentou alguns exemplos de parcerias entre universidade e empresa relacionados ao setor do aço, mas disse que elas ainda são fracas e que estão mais voltadas para concessão de bolsas de mestrado, doutorado, ajuda em estruturação de programas de pós-graduação na área, entre outros, mas poucas parcerias fortes em pesquisa. Angela também ressaltou o fato de haver muito recurso do governo. "Há recursos que não usamos, como a Lei de Inovação, Lei do Bem, subvenção, Juro Zero etc. Dinheiro não é problema, falta diálogo", concluiu.
Seminário
O seminário, realizado nos dias 4 e 5, teve como objetivo levantar áreas prioritárias para pesquisa e formação de pessoal de nível superior no país, relacionadas à indústria da construção civil em aço e possibilidades de interação com instituições internacionais de renome. Participam do evento professores e pesquisadores de engenharia civil, mecânica e arquitetura e coordenadores de cursos de graduação e pós-graduação nas áreas.
Veja as matérias dos outros painéis:
Segundo painel de seminário aborda o ensino de estruturas de aço na engenharia e na arquitetura
Seminário internacional reúne representantes da academia e empresa para tratar sobre estruturas em aço