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DEMOCRATIZAÇÃO
Tecnologia social ajuda a reduzir desigualdade
A promoção da tecnologia social é um dos fatores para a redução de desigualdades. Assim, Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, destacou a importância do tema na Conferência Livre de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, que ocorreu no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília.
O conceito de tecnologia social coloca o conhecimento, a ciência e a tecnologia como ponto de partida para solução de problemas sociais. Este modelo incentiva esforços na cidadania e na participação democrática e se propõe a servir como ponte entre o saberes científico e popular. Seu objetivo é voltado à sustentabilidade ambiental e transformação social.
No Brasil, mais de 90% da ciência é feita na pós-graduação. Nesse cenário, a CAPES exerce um papel fundamental. A presidente da Fundação defendeu uma “mudança de paradigma” para que o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia “tenha mais financiamento relacionado ao aumento das atividades de pós-graduação e extensão”, e adicionou: “O desenvolvimento do País precisa estar intimamente ligado ao desenvolvimento local, ligado aos movimentos sociais”.
Inácio Arruda, secretário de Tecnologias para o Desenvolvimento Social do MCTI, afirmou que “o compromisso de realizar a transferência de tecnologia e dar um grande salto social é nosso”. Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por sua vez, observou que a mudança de 2020 que transformou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em um fundo financeiro, “permite redimensionar o financiamento da ciência e tecnologia do País”. “Hoje temos R$ 18 bilhões. É preciso mais, mas, com eixos claros de atuação, podemos mudar o cenário das tecnologias sociais”, disse.
Marcelo Leal, representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), listou como principais desafios a serem vencidos pela tecnologia social “a desigualdade social crescente, as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a transição geopolítica para um desenho multipolar de poder”.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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