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REDUÇÃO DE DESIGUALDADES
Taxa de ocupação de bolsas é maior em locais com IDH baixo
Programas de pós-graduação situados em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) mais baixos registram taxa média de 94% de ocupação de bolsas concedidas pela CAPES. Já nos cursos oferecidos nos locais com maior IDHM há 80% de ocupação. Os dados foram apresentados pela Fundação nesta terça-feira, 14 de maio, em reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizada por videoconferência.
No encontro, Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES falou sobre a importância de se reduzir desigualdades e como o modelo de concessão de bolsas pode ser uma boa ferramenta: “Com as regras definidas pelo modelo aperfeiçoado a cada ano, a CAPES concede, hoje, mais bolsas para programas de qualidade em áreas com IDH menor”.
A concessão de bolsas institucionais leva em conta a nota obtida na Avaliação Quadrienal da CAPES, para considerar os programas de pós-graduação mais bem avaliados e o nível da oferta — mestrado ou doutorado —, com ênfase na formação de doutores. Há, ainda, a ponderação de dois fatores: o IDHM, que considera prioritários municípios com menores indicadores, e a Titulação Média de Cursos (TMC), que diferencia cursos pelo tamanho. Como o modelo é dinâmico, a distribuição pode ser alterada a cada ano.
Outro ponto central da reunião foi a situação do Rio Grande do Sul. Denise observou que a CAPES tem prorrogado editais e bolsas por causa das inundações no estado. Alguns exemplos são o Programa Move La América e o Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE). A presidente da Agência citou, ainda, um projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) financiado pela Fundação por meio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Vulnerabilidade Social e Direitos Humanos.
Ao abordar a situação daquele estado, Renato Janine, presidente da SBPC, disse ter conversado com Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, que lhe informou que a instituição financeira dos Brics pode financiar ações relacionadas à transição energética e às mudanças climáticas. Ele sugeriu aos presentes no encontro a possibilidade de solicitar apoio a projetos acadêmico-científicos na área, ao que a presidente da CAPES concordou e enfatizou a importância de haver um trabalho continuado em relação ao clima.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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