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Supervisoras do Pibid/UEPG participam de cursos de Formação pelo PDPP em Portugal
Supervisoras do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) relatam experiências vivenciadas em universidades portuguesas. Entre janeiro e fevereiro deste ano, Andrea Maria Mileo Figueroa e Alexsandra Kraushaar, professoras de Química nos colégios João Ricardo Von Borell Du Vernay e Polivalente, participaram de cursos de formação nas universidades do Porto e de Aveiro, ofertado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores (PDPP) , da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Juntamente com as professoras Vânia Cristina Rutz da Silva e Paola Scheifer, Andrea Mileo e Alexandra Kraushaar foram selecionadas por meio de projeto institucional submetido pela UEPG ao edital do PDPP, para bolsistas supervisores do Pibid e alunos do
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor)
. Na estrutura operacional do Pibid, os supervisores são professores de escolas públicas de educação básica, responsáveis pela supervisão das atividades de iniciação à docência dos alunos bolsistas dos cursos de licenciatura.
Com programa de formação desenvolvido na Universidade de Aveiro, Alexsandra Kraushaar descreve a estadia de três semanas em Portugal como uma experiência única, pela oportunidade de conhecer uma cultura diferente e integrar-se a professores de outros países e de outras regiões do Brasil. A UEPG era a única instituição a ter duas professoras/supervisoras de Química, entre os 50 professores da disciplina selecionados pelo PDPP. "A troca de experiências sempre é muito enriquecedora, oportunizando a construção de um conhecimento diferente", diz a professora que atua no Pibid/UEPG há quatro anos.
"Pudemos ver como é importante que os alunos busquem e construam o conhecimento, tendo o professor com um mediador desse processo", diz Alexsandra. Nas atividades desenvolvidas em Aveiro, teve contato com estudos a acerca da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e o trabalho em torno de questões que envolvem a Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Neste aspecto, destaca a oportunidade de construir uma Plataforma Moodle, software utilizado no ensino a distância (online). "Até então sabíamos apenas trabalhar na plataforma", diz.
Andrea Mileo afirma que, a oportunidade aberta pelo seu vínculo ao Pibid/Química da UEPG lhe proporcionou a realização de um projeto de vida, de conhecer outro país. Na sua estadia na universidade portuguesa se impressionou com amor enorme que os lusitanos têm pelo seu país, especialmente em relação à preservação de sua história. Na visita a um cemitério pôde conhecer sepulcros seculares, com esculturas suntuosas, do ano 900 até 1999. "Quando pedíamos informações sobre qualquer ponto turístico, todos contavam com detalhes como data, nome das pessoas que por ali haviam passado e construído a história do país, fato que raramente vemos no Brasil", explicou.
Na primeira semana na Universidade do Porto, Andrea participou do módulo "Multimídia no Ensino da Química", conhecendo softwares educativos, vantagens e desvantagens do uso das TICs e a importância da interação dos programas curriculares dos níveis educacionais (fundamental e médio). O segundo módulo, "Química, Saúde e Ambiente", focou aspectos científicos da Química como a evolução das tecnologias e consumo de produtos industrializados, correlacionando esse fato e o descaso com o meio ambiente com o aumento do número de portadores de doenças graves, além do agravamento de enfermidades antes tratadas como 'corriqueiras'.
No terceiro módulo, "Plataformas experiências de e-learning em Química", os cursistas foram levados a refletir sobre a educação 'e-learning' e 'b-learning' e como esse método pode auxiliar na compreensão de conteúdos não aprendidos em sala de aula, a partir de sua utilização como reforço escolar e aplicação no sistema de avaliação do aluno. "Nesta última semana, construímos um projeto pessoal fazendo uso da plataforma Moodle e aplicando esse projeto entre os professores do grupo, com aulas presenciais e não-presenciais."
Em relação ao ensino, Andrea Mileo diz que a realidade de Portugal se assemelha bastante a situações vivenciadas no Brasil, já que suscitar o interesse dos alunos é também um desafio. Ela passou por três escolas de ensino secundário do Porto. Nos contatos mantidos nas universidades, escolas e, também, nos passeios realizados nos finais de semana, Andrea e Alexsandra perceberam os reflexos da crise econômica que afeta a Europa. "Há uma grande preocupação com o desemprego. Profissionais buscam outros países, entre eles o Brasil".
As duas professoras relatam que retornam ao Brasil com muitas expectativas de poder aplicar o conhecimento adquirido em Portugal. Para isso apostam na continuidade como supervisoras do Pibid, que alcança sua terceira edição na UEPG, a partir da aprovação de nova proposta junto à Capes. "Esperamos compartilhar com outros professores e alunos 'pibidianos' e colegas da rede de ensino o que aprendemos, formulando cursos on-line e na prática cotidiana da escola", dizem, destacando a revolução provocada pelo Pibid, não apenas na formação de profissionais para a docência, mas principalmente na realidade das escolas.
(Pibid/UEPG)