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Sistema UAB vai passar por avaliação da Capes
Para assegurar a qualidade dos cursos a distância do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai avaliar o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). O início do processo aconteceu nos dias 7 e 8 de abril, quando coordenadores UAB se reuniram na sede da Capes, em Brasília, para definir os principais aspectos da avaliação.
No encontro, a equipe da diretoria de Educação a Distância da Capes apresentou a situação atual do sistema e sugeriu parâmetros a serem considerados pelos avaliadores na elaboração da análise. A título de ilustração, alguns participantes relataram suas experiências de avaliações pilotos conduzidas nos polos de apoio presencial da UAB.
O professor Fernando Spanhol, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por exemplo, falou sobre algumas das referências de critérios para polos a partir de visitas que ele realizou naqueles das regiões Sul e Norte do Brasil. Para Spanhol, é importante realizar qualificações que dêem ênfase às práticas locais. “A prefeitura deve ter consciência de seu papel junto ao polo e se responsabilizar por ele”, explicou.
Critérios
A avaliação vai analisar 39 cursos e 292 pontos de apoio referentes aos dois primeiros editais de convocação da UAB, além do processo de institucionalização da UAB em 39 universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets) componentes do sistema que atenderam ao primeiro edital. Serão formadas comissões de especialistas por área, que realizarão visitas às instituições e polos. O resultado será comunicado aos participantes do Sistema UAB, para que tomem as medidas necessárias em caso de problemas.
Segundo o diretor de Educação a Distância da Capes, Celso Costa, o processo da Capes não tem caráter punitivo, mas serve como preparação para a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “A marca de Capes é avaliar criteriosamente os cursos que recebem seus fomentos, e com a educação básica não pode ser diferente. Para a UAB continuar crescendo, temos de assegurar que os alunos tenham formação de qualidade, e isso se atinge por um controle das condições de ensino”, afirma Costa.
Especificidade
A coordenadora geral de Articulação Acadêmica (CGAac) da Capes, Nara Pimentel acredita que construção de um sistema de avaliação de cursos da UAB deve levar em conta a especificidade da modalidade da Educação a Distância. De acordo com Pimentel, é importante investir em pesquisa, ainda incipiente na área. “Devemos criar políticas de fomento para envolver estudantes e chamar especialistas na área de avaliação”, afirmou.
A coordenadora destacou a importância do encontro que levanta a questão da avaliação de polos e a intenção de empreender a avaliação de cursos da Universidade Aberta do Brasil. “O mais importante primeiro é responder a pergunta básica: o que avaliar e por que avaliar”, concluiu.