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Seminário na CAPES discute indexação unificada de pesquisadores
Um encontro entre técnicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pesquisadores e editores científicos lançou o consórcio brasileiro que vai gerir o uso de dados da plataforma ORCID ( Open Research and Contributors Identification , ou Identificação Aberta de Pesquisa e Colaboradores). Realizado nos dias 22 e 23 de maio, na sede da CAPES, em Brasília, o Seminário Internacional Sistemas de Informação para a Pós-Graduação apresentou o sistema informatizado que pretende unificar as principais bases mundiais de dados sobre produção científica.
No evento, alguns dos principais agentes promotores da ciência brasileira como CAPES, CNPq, IBICT, CONFAP e SCIELO discutiram de que forma sistemas de informação que apoiam a gestão da pesquisa e da pós-graduação brasileira podem evoluir em sintonia com níveis elevados de soluções contemporâneas em governo eletrônico. O motivo de se buscar a identificação única é que o progresso tecnológico ainda não garantiu uma gestão totalmente integrada das informações pessoais e de pesquisa.
Além de lançar o consórcio, o evento também discutiu como os sistemas de informação e a gestão do conhecimento podem apoiar as organizações e agências governamentais na redução da sobrecarga de trabalho, na otimização de processos e na melhoria da qualidade dos dados. A discussão contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais em temas de governo eletrônico, sistemas CRIS, interoperabilidade de sistemas e qualidade de dados.
As apresentações do seminário estão disponiveis no hotsite do evento.
ORCID
Sem custos de registro para o usuário, o número ORCID é um “nome” digital permanente para identificação de cientistas. O código tem 16 dígitos e é único para cada pessoa. Esse modelo evita ambiguidades na identificação de autores e colaboradores em publicações ou em instituições.
O funcionamento da ferramenta é semelhante ao Digital Object Identifier (Identificador Digital de Objetos – DOI), código para objetos como artigos científicos, teses e dissertações. A identificação única tem o objetivo de reduzir o tempo dos pesquisadores em informar dados repetidamente em várias fontes, além de proporcionar melhoria da qualidade dos dados disponíveis.
Cooperação Brasil-ORCID
Para aperfeiçoar o intercâmbio de informação de pesquisa, tornando-o sistêmico, sustentável e transparente, CAPES, CNPq, IBICT, CONFAP e SCIELO formaram um consórcio inédito no país. A unificação também visa a melhorar a definição e o acompanhamento de políticas públicas.
O consórcio adotou o ORCID como principal meio de atingir seu objetivo, alinhando-se a diversas iniciativas em curso no mundo. Organização sem fins lucrativos, o ORCID oferece um identificador digital constante para pesquisadores. O código conecta-os às suas afiliações e atividades por meio da integração com editoras, agências de financiamento e bases de dados das instituições de pesquisa. As mais importantes instituições de ensino e pesquisa do mundo usam o ORCID para reduzir redundâncias e automatizar fluxos de informação, ganhando mais tempo para pesquisa e publicações.
Desdobramentos
No consórcio, o ORCID funcionará como um
hub
. Seu trabalho será o de assegurar menor trabalho manual para os pesquisadores proverem informações de publicações e pesquisa a sistemas demandantes distintos. A medida garante mais qualidade dos dados e facilita a troca dessas informações de pesquisa entre os diferentes sistemas, de forma transparente e imediata.
(Brasília – CCS/CAPES)
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