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Seminário comemora 50 anos da Pós-graduação Brasileira
O 50º aniversário de elaboração do Parecer Sucupira , documento que instituiu e regulamentou a pós-graduação Brasileira em 1965, foi comemorado nesta quinta-feira, 10, no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o Seminário 50 Anos da Pós-Graduação no País .
Coordenadores de áreas e diretores da Capes se reuniram no encontro com o objetivo de relembrar os principais passos da pós-graduação brasileira e refletir sobre os desafios ainda existentes para a consolidação e alocação da ciência brasileira como relevante e competitiva ao redor do mundo.
Para o presidente da Capes, Carlos Nobre, a trajetória da Pós-graduação nacional a levou a um patamar de autossuficiência. "Estamos entregando exatamente o que a sociedade espera de um sistema de pós-graduação moderno. A pós-graduação já sobreviveu a fortes crises e submergiu mais forte. Hoje, posso dizer que adquirimos uma dinâmica que não depende mais de ações pontuais da Capes ou de qualquer outra agência. Ela cresce por si só, atendendo à dinâmica das demandas regionais, estaduais e das próprias universidades", disse.
Desafios
A qualificação da pós-graduação, tanto no sentido de formação quanto em sua adequação às demandas da sociedade brasileira, foi apontada por Carlos Nobre como um dos maiores desafios da Capes nos próximos anos. "Devemos analisar qual é o mestre e qual o doutor que o sistema de ensino superior precisa, qual mestre e doutor o ensino técnico necessita, qual atenderá a melhoria da educação básica e assim sucessivamente. A criação dos mestrados profissionais, por exemplo, é uma forma de suprir as necessidades que o país tem", completou.
Nobre citou ainda a necessidade de induzir a melhoria na qualidade da produção científica brasileira. "Nossa qualidade melhorou mais lentamente que nossa quantidade. Apesar de estarmos à frente em várias áreas ainda existem outras, que necessitam dessa relevância e impacto", disse.
Reconhecimento
Carlos Roberto Jamil Cury, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, membro do Conselho Superior da Capes e ex-presidente da instituição (2003), atribuiu o reconhecimento do SNPG brasileiro à participação compromissada dos pares na estrutura, à ação deliberada do estado e à continuidade e aproveitamento das ações nessa área. "Esses três elemento são as bases mais profundas desse sucesso que representa a formação de profissionais qualificados no âmbito da pós-graduação. O nome Capes, por exemplo, seja no Brasil ou no exterior produz um efeito fora do comum em termos de abertura, cujas competências, seriedade e acolhimento são fartamente reconhecidos", apontou.
O conselheiro e ex-presidente lembrou da Revista Capes 60 anos publicada em julho de 2011, quando a instituição completou seis décadas de existência. "A revista é um consistente apanhado do que a Capes fez pela pós-graduação brasileira".
PNPG
O Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PNPG 2011-2020, Jorge Audi, falou sobre a importância do documento. "O PNPG é a mais bela, forte e clara expressão da evolução e da maturidade que o Sistema Nacional de Pós-graduação atingiu em nosso país. Sua própria existência é uma expressão do nível que atingimos", disse. Outra importante iniciativa lembrada por Audi foi a criação da Comissão Nacional de Acompanhamento dos indicadores presentes no PNPG.
O seminário reuniu também representantes da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Forprop), da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) e de alguns dos Fundos de Amparo à Pesquisa do país.
Retrato das áreas
Os coordenadores de área de avaliação da Capes tiveram a oportunidade de apresentar a evolução e o crescimento alcançados por suas áreas durante esse período (50 anos), bem como o retrato atual e os desafios ainda presentes para cada uma.
(Gisele Novais)