Notícias
SUSTENTABILIDADE
Seminário apresenta projetos sobre recursos do mar
A CAPES promoveu ao longo de dois dias o Seminário de Marco Zero do Edital nº 35/2022 , do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Recursos do Mar (Remar). O evento foi realizado na sede da Fundação, em Brasília, na terça-feira, 18 de abril, e nesta quarta, 19, e contou com representantes da própria Agência, da Marinha e dos sete projetos selecionados.
O encontro serviu para apresentar as propostas de pesquisa. Os trabalhos abordam temas como poluição marinha, planejamento espacial marinho e gerenciamento costeiro, ciências sociais e humanas aplicadas ao mar e direito do mar, além de impactos e riscos na zona costeira associados às mudanças climáticas. Os estudos devem subsidiar e fortalecer políticas públicas relacionadas ao uso sustentável dos recursos da Amazônia Azul, importante área da costa brasileira.
Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, disse que a Fundação “tem a tradição de fomentar, por editais, desde 2009, as ciências do mar” e que o edital vem para “renovar a parceria entre a CAPES e a Marinha”. Sobre o seminário, a gestora o classificou como “uma pequena amostra do nosso comprometimento com a conservação dos oceanos”. Bustamante classifica o tema como “central para o desenvolvimento sustentável do País.
Laerte Ferreira, diretor de Programas e Bolsas no País da Agência, observou que cada PDPG tem seus assuntos estratégicos e disse que “ ter um olhar diferenciado, por meio de pesquisas científicas, para os recursos do mar, para os oceanos, é vital para o desenvolvimento do País”. Sobre a importância da parceria, ele observou que “a soberania nacional se dá pela pesquisa científica”.
A área conhecida como Amazônia Azul é assim chamada por ter seus parâmetros comparáveis à Amazônia Legal. São 3,6 milhões de km² correspondentes à Zona Econômica Exclusiva brasileira, acrescida de, aproximadamente, 900 mil km² de Plataforma Continental, além das 200 milhas náuticas, totalizando 4,5 milhões de km². Esse espaço equivale a 52% do território nacional. A relação da sociedade com a Amazônia Azul é profundamente significativa. Nela encontram-se 85% do petróleo brasileiro, incluindo as regiões do pré-sal, e 75% do gás natural do País.
Dois palestrantes convidados compuseram a mesa de abertura junto aos representantes da CAPES e da Marinha. Um deles foi Segen Estefen, professor titular de Estruturas Oceânicas e Energia Submarina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O cientista explicou o que é o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (Inpo), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) da qual é diretor-geral. Em fase de implantação, o Inpo vem para promover estudos e pesquisas em oceanografia física, química, biológica e geológica. “A ideia sempre foi a agregação de competências e a infraestrutura”, afirmou. O mesmo ocorre com o PDPG Recursos do Mar, que congrega Ciências da Vida, Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar e Humanidades.
A outra fala foi de Letícia Cotrim da Cunha, professora associada da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A cientista explicou a importância de estudos para a conservação dos mares como forma de assegurar um futuro melhor. “A questão das mudanças climáticas não é apenas terrestre. É principalmente dos oceanos”, pontuou.
Também participaram os coordenadores de todos os projetos. São eles: Arthur Ayres Neto, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Marcelo Maraschin, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Augusto Cesar, da Universidade de São Paulo (USP), Carina Costa de Oliveira, da Universidade de Brasília (UnB), Tarin Cristino Frota Mont Alverne, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Narelle Maia de Almeida, também da UFC, e Filipe de Carvalho Victoria, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
Legenda das imagens:
Banner e imagem dentro da matéria: Imagem do seminário (Foto: Divulgação)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES