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Secretaria de Educação do DF assina acordo com a Capes no âmbito do Parfor
Nesta terça-feira, 26, a secretária de Educação do Distrito Federal, Regina Vinhaes Gracindo, esteve na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para implementação do acordo de cooperação técnica no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). O acordo foi assinado pela secretária e pelo presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães. Com a adesão do DF, apenas o estado do Acre permanece fora do Parfor.
"A Capes se sente honrada em fazer mais um acordo para formação de professores. Apostamos no padrão alto da formação continuada de professores, que é o mestrado e o doutorado. Por isso passamos a investir em bolsas para este segmento. O primeiro exemplo é o Profmat [Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional]. Estamos negociando um programa semelhante na área de física com a UERJ [Universidade Estadual do Rio de Janeiro] e o Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial]", informou Jorge Guimarães.
A diretora de Educação Básica Presencial da Capes, Carmen Moreira de Castro Neves, falou da satisfação em receber a secretaria do Distrito Federal para assinatura do acordo para implementação do Plano Nacional de Formação de Professores na capital do país. "Nós temos hoje 1.100 turmas no Parfor e estamos com a previsão de mais 150 turmas para o segundo semestre deste ano, além de continuar a ampliação no próximo ano." Segundo a diretora, a Capes acredita que o Parfor é um instrumento importante para a valorização dos professores e reforçou a necessidade de trabalhar em parceria.
A secretária de Educação do DF, Regina Gracindo, disse que nos últimos anos a área de educação do DF esteve de costas para o Governo Federal, mas que agora vão investir mais nos programas em parceria com o Ministério da Educação. Gracindo, que é conselheira do Conselho Nacional de Educação, afirmou que o GDF retomou o Fórum Distrital de Formação e, a partir dele, foram identificadas as necessidades de qualificação de pessoal. "Temos hoje 28 mil professores da casa, dos quais 800 não possuem nível superior. Além disso, temos alguns professores que estão fora de sua habilitação. Portanto a segunda licenciatura vai ser muito importante para nós."
Ainda com relação às necessidades de formação dos profissionais de educação do DF, a secretária enfatizou o fato de que ainda este ano haverá eleição para diretores de escolas. "São 650 diretores e 650 vice-diretores, que precisarão de uma boa formação em gestão da educação. Precisamos, então, oferecer uma pós-graduação lato sensu, que foi pensada em um primeiro momento, para esses mais de 1.200 professores. Temos ainda muito interesse em aumentarmos o número de professores com mestrado e doutorado." Jorge Guimarães disse que se a Capes encontrar competência em alguma universidade para criar um mestrado em gestão educacional, com certeza, será uma ação que terá apoio da agência.
Parfor
O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) é gerido pela Capes, em parceria com as secretarias de educação dos estados e dos municípios e as instituições públicas de ensino superior. O objetivo é melhorar a formação dos docentes em exercício na rede pública, o que influencia na qualidade do ensino que as crianças e os jovens recebem nas escolas.
Lançado em maio de 2009, o plano tem como meta formar, no período de 2009 a 2011, 330 mil professores que hoje exercem a profissão sem licenciatura. Do total de vagas, 52% são em cursos presenciais e 48% em cursos a distância.
O plano oferece cursos de graduação para educadores em exercício no magistério público que estão em uma das três situações: professor que ainda não tem curso superior (primeira licenciatura); professor com graduação, mas que leciona em área diferente daquela em que se formou (segunda licenciatura); e bacharel sem licenciatura que precisa de estudos complementares que o habilitem ao exercício do magistério.