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Rota dos butiazais: sustentabilidade e artesanato
Mestre em Botânica pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutora em Agronomia pela Universidade de Pelotas (Ufpel), Mariene Machado é pós-doutoranda da Embrapa em Clima Temperado. É integrante do projeto Rota dos Butiazais ou Rede Palmar, que inclui participantes da Argentina e Uruguai.
Fale um pouco sobre o projeto.
Esse projeto foi construído desde 2009 com a nossa coordenadora, a Drª. Rosa Lia Barbiere da Embrapa. Esse projeto surgiu com a necessidade de conservar grandes áreas de butiazais. Butiazais são locais onde temos muitos butiás ou, como também é chamado, coquinho azedo. Como são áreas extensas que estão dentro da Mata Atlântica, ou dentro do bioma Pampa, ou dentro do bioma Cerrado, nós vimos que a possibilidade de conservação seria através do uso.
Para que serve o butiá?
Nós estamos aqui mostrando a diversidade de usos que tem tanto o fruto do butiá, para fazer licor e geleias, quanto a folha, com que pode ser feito artesanato ou placas isotérmicas com a fibra do butiá. São várias alternativas que nós resgatamos e muitas de nós criamos com a participação dessa rede grande, para elaborar produtos que possam gerar renda para a comunidade onde eles estão.
Qual a importância desse projeto para a sociedade?
Esse projeto é participativo, ele vem ao encontro com as necessidades da comunidade e do amor que as pessoas têm com a identificação cultural com o butiá. É um projeto realmente apaixonante. As pessoas nos pedem oficinas de culinária, de artesanato... as pessoas participam do conhecimento delas com a gente. Então, a importância é resgatar o uso cultural e emotivo que as comunidades têm com os butiazeiros e fazer com que esse olhar com o cuidado, com o uso, de alguma forma gere renda para a sociedade.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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