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Residência estudantil de brasileiros em Paris comemora 50 anos
O ministro da Educação, Fernando Haddad, e o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, participaram na terça-feira, 7, da comemoração dos 50 anos da Casa do Brasil na França, residência estudantil na cidade universitária internacional de Paris.
Com 100 unidades disponíveis, a casa pode receber até 120 estudantes por vez. Têm prioridade no atendimento bolsistas da Capes e do CNPq. A primeira-dama brasileira, Marisa Letícia Lula da Silva, esteve na casa na segunda-feira, 6, acompanhada da embaixatriz Linda Bustani.
Em um breve discurso, o ministro Haddad falou aos estudantes sobre as mudanças que a educação do Brasil passou nos últimos anos. "O Brasil acordou muito tarde para a educação. Para mim, as medidas efetivas na área só começaram com a Constituição Federal de 1988. Vocês devem completar sua formação no exterior e voltar, para construir um país melhor para a educação. Procuramos agora cumprir com nossa obrigação de garantir educação para todos os brasileiros, firmar um conceito de educação que não diferencie um brasileiro estudando na França, ou no campo, numa escola técnica, numa escola de educação básica ou numa universidade federal brasileira."
O ministro lembrou também dos diversos concursos abertos para professores no país, além do Plano Nacional de Formação de Professores. "Podemos fazer mais para a próxima geração do que a anterior fez para nós. Espero que vocês voltem ao país com a autoestima elevada, e trabalhem para isso", afirmou.
Casa do Brasil - Referência mundial da arquitetura moderna do século XX, a Casa do Brasil foi construída a partir de um projeto conjunto dos arquitetos Lucio Costa e Le Corbusier. Traz características marcantes desses dois grandes nomes da arquitetura mundial, como o térreo em pilotis, similar aos prédios das superquadras residenciais de Brasília - uma marca de Lucio Costa - e o teto ascendente a partir da entrada, marca de Le Corbusier. "A idéia dele era dar primeiro uma sensação de opressão, com um teto tão baixo que qualquer um pode tocá-lo, até um pé direito alto, ascendente como a asa de um pássaro, para mostrar a possibilidade da liberdade", explica a diretora da casa, Inez Salim.
Inaugurada em 29 de junho de 1959, a casa foi tombada como patrimônio histórico pelo governo da França em 1985. Entre 1999 e 2000, a casa passou por uma restauração completa, financiada pelo governo brasileiro. Essa reforma também tornou-se referência mundial no tratamento de patrimônio.
"Todas as fachadas e grande parte da estrutura foram demolidas e reconstruídas com respeito absoluto ao projeto original, inclusive nos materiais", afirma Inez. Dentre os detalhes resguardados, houve a preocupação com a fórmula do concreto, para manter a cor original prevista por Le Corbusier. Além dos recursos do governo federal, algumas empresas ajudaram a manter as características originais da casa.
Cité Universitaire - Localizada num parque de 40 hectares, a Cidade Universitária de Paris conta com 37 residências de diferentes estilos arquitetônicos, que abrigam 5.500 alunos de diversas nacionalidades - 23 dessas casas são de países. Além da Casa do Brasil, apenas outras três são tombadas como patrimônio histórico: a casa da Suíça, que também tem projeto de Le Corbusier; o Collége Neerlandais, da Holanda; e a Deutsch de la Mertle, da França, primeira casa da cidade universitária, inaugurada em 1925.
Para informações sobre hospedagem na Casa do Brasil, acesse a página eletrônica.
(Assessoria de Comunicação do MEC)