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Reajustes precisam ser mais periódicos, diz presidente da CAPES
Reajuste e possíveis novos aumentos nos valores das bolsas de estudo, melhoria da educação básica brasileira com a formação de professores, mudanças climáticas e o futuro do planeta e o espaço da mulher na ciência. Esses foram os principais temas abordados por Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, em entrevista ao programa Brasil em Pauta , da TV Brasil, que foi ao ar na edição do último domingo, 12 de março.
No papel de gestora, ela disse ser sua intenção não esperar outros 10 anos para reajustar valores — antes do aumento deste ano, já com Mercedes Bustamante à frente da CAPES; a última atualização havia sido em 2013. “A bolsa tem um papel muito importante na indução e na manutenção de jovens pesquisadores na carreira científica”, disse. “Esperamos que daqui para frente possamos contar com a implementação de reajustes mais periódicos e que consigam acompanhar um pouco mais o custo de vida no Brasil”. Ter uma política de atualização de valores, observou a presidente da CAPES, seria um meio para atrair e fixar pesquisadores no País.
Essa qualificação de pessoal, observou Bustamante, se dá também para a educação básica. A formação de professores para esse nível de ensino virou um dos ramos de atuação da CAPES em 2007. “O que a CAPES faz agora com a educação básica é exatamente o mesmo processo que fez na pós-graduação. A melhoria na capacidade de pessoal que atua na educação básica vai ser central para elevar a qualidade do ensino básico brasileiro”, explicou.
Já no papel de cientista especializada em questões ambientais, Mercedes Bustamante destacou o enfoque do governo para a área. Isso porque Luiz Inácio Lula da Silva representou o Brasil na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito, em novembro de 2022, antes mesmo de seu mandato começar. A presidente da CAPES observou que “o Brasil é um país tropical, com uma área quase que continental, e tem biomas muito ricos em biodiversidade e carbono” e “pode contribuir para duas das grandes agendas ambientais: a perda de biodiversidade e a questão das mudanças climáticas”. Ela ainda disse ser importante para o País priorizar o uso de energias renováveis, como forma de impulsionar a economia com um olhar para a sustentabilidade.
Por fim, como uma mulher que prosperou na carreira científica, Bustamante disse ser necessário tornar o ambiente da academia “mais acolhedor e mais receptivo” para as mulheres. Não aproveitar a capacidade intelectual feminina, frisou, é “abrir mão de 50% dos cérebros do País”. Ter um recorte de gênero mais equitativo nas posições de destaque trará uma diversidade maior no pensamento e mais possibilidades para que o Brasil consiga enfrentar problemas nacionais e globais, como pobreza e mudanças ambientais, explicou a presidente da CAPES.
Sobre o canal e o programa
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é transmitida pela
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e pelo
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. O
arquivo da edição com Mercedes Bustamante
está disponível na
página do programa
.
Legenda das imagens:
Banner e imagem dentro da matéria:
Mercedes Bustamante concedeu entrevista à TV Brasil na Universidade de Brasília (UnB), instituição de ensino à qual é vinculada
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES
)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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