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DIA DO QUÍMICO
Química abre portas para o futuro
Em um trabalho árduo, metódico e silencioso, bolsistas de pós-graduação financiados pela CAPES constroem com suas pesquisas uma nova realidade científica para o Brasil. Distribuídos em várias áreas do conhecimento, os químicos trabalham para oferecer novas metodologias, técnicas ou produtos que melhorem a qualidade de vida dos brasileiros.
Muitas das iniciativas têm sido desenvolvidas na melhoria de produtos relacionados à alimentação. Rosane Heck , doutoranda pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), trabalha, por exemplo, em uma pesquisa sobre a introdução de microcápsulas de ômega 3 em hambúrgueres. Já Emanuel de Oliveira , do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), criou um iogurte em pó, alimento que não necessita de refrigeração, tem maior prazo de validade e pode alcançar mercados mais distantes.
A medicina é outra área muito beneficiada pela química. Nela, Gabriel Liguori , destacado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT/EUA), como um dos 35 empreendedores capazes de transformar a saúde no mundo, vem desenvolvendo órgãos e tecidos humanos para uso em transplantes. Sua colega Paula Menezes , doutora em Ciências da Saúde criou, com a ajuda da nanotecnologia, um tecido inteligente para tratar úlceras nas pernas.
O meio ambiente também aparece na lista. José Yago Silva , doutorando pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolveu uma esponja biodegradável e reutilizável, capaz de absorver rejeitos de petróleo em oceanos e rios. Fernanda Lobo , da Universidade Federal do Ceará (UFC), conseguiu provar que é possível extrair hidrogênio puro e limpo dos esgotos urbanos.
Além de serem todos bolsistas ou ex-bolsistas da CAPES, os pesquisadores compõem uma equipe escolhida pelas universidades e pela Fundação para construir um País melhor. Na Química a CAPES financia, atualmente, 1.471 bolsistas de doutorado, 984 de mestrado, 151 de pós-doutorado e um professor-visitante nacional sênior. Isso corresponde a um investimento de R$ 5,3 milhões mensais.
“A química sempre cumpriu um importante papel com a introdução de inúmeros produtos essenciais à humanidade. Com a explosão do crescimento global a partir do século passado, a indústria química sintética tem produzido bilhões de toneladas por ano de mais de 70 mil compostos para os mais variados propósitos, dos diversos combustíveis aos mais complexos medicamentos”, observa Arlene Corrêa, professora de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Na visão do professor Antônio Braga, do departamento de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), “a química desempenha papel estratégico, por sua abrangência e por fazer fronteira com diversas áreas do conhecimento. O investimento em pesquisa e formação de recursos humanos altamente qualificados contribui para a produção de pesquisas de excelência, e tem colocado o Brasil em destaque em nível mundial”.
Dia do Químico
Dezoito de junho foi escolhido como o Dia Nacional do Químico, pois nessa data, em 1956, o então presidente Juscelino Kubitschek promulgou a
Lei nº 2800/56, conhecida como Lei Mater dos Químicos.
A norma dispôs sobre o exercício da profissão de Químico e também criou os
Conselhos
Federal e Regionais de Química.
Legenda das imagens:
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Imagem ilustrativa
(Foto: iStock)
Imagem 1:
Arlene Corrêa, professora de Química da Universidade Federal de São Carlos
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Antônio Braga, professor de Química da Universidade Federal de Santa Catarina
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 3: André Farias, professor de Química da Universidade Federal de São Carlos
(Foto: Arquivo Pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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