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Projeto ajudará na distribuição de recursos para combater COVID-19
Projeto desenvolvido pelas Universidades Federal Rural do Semiárido e Estadual do Rio Grande do Norte usa dados para selecionar e alocar recursos de forma inteligente
Um sistema capaz de selecionar e direcionar recursos de forma remota e inteligente. Este é o SEMcTrA (Sistema Especialista Multicamadas para Triagem Classificatória e Alocação Inteligente), projeto aprovado pelo Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que será desenvolvido pelas Universidades Federal Rural do Semiárido ( UFERSA ) e do Estado do Rio Grande do Norte ( UERN ).
Além de estratégias para a coleta de informações e a formação de uma base de dados para consulta de armazenamento de resultados, o trabalho propõe desenvolver um módulo para telessaúde, permitindo a comunicação remota, organização de tomadas de decisão e, ainda, apoio à alocação de recursos para controle da COVID-19 no sistema público de saúde.
A primeira camada de inteligência contará com informações sintomáticas e clínicas fornecidas pelo usuário. O segundo nível usará dados retirados das bases dos sistemas de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe ( SIVEP-Gripe ) e do eSUS-VE , um sistema de notificação do Ministério da Saúde. Ambos descrevem aspectos epidemiológicos e são georreferenciados.
Leiva Oliveira, professor da UFERSA, é representante do projeto e considera que “soluções que auxiliem a tomada de decisão por triagem remota inteligente permitem gerir e alocar de forma efetiva recursos, insumos e acesso a serviços”. Ele acredita que as ações desenvolvidas no projeto podem servir futuramente para situações similares de grande repercussão na região nordeste, como dengue, zika, chikungunya e síndrome de Guillain-Barré e destaca que o sucesso desse estudo “trará ao Brasil um arcabouço estratégico para o uso de telessaúde e teleducação no combate a pandemias e endemias”.
A equipe, formada por onze pesquisadores – 10 da UFERSA e um da UERN –, atua em várias frentes simultâneas, como na inteligência artificial para a criação do sistema especialista e o levantamento de requisitos e modelagem da base de dados. Além de pagar bolsistas, a verba da CAPES, permitirá ao grupo contratar serviços de infraestrutura em nuvem, com virtualização, processamento, armazenamento e serviço de teleconferência, para sincronizar os dados, testes, experimentos e, por fim, oferecer o SEMcTrA.
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O
Programa
está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no
Programa de Combate a Epidemias
os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
Confira o resultado final do Edital nº 09/2020
Confira o resultado final do Edital nº 11/2020
Confira o resultado final do Edital nº 12/2020
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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