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BALANÇO 2020
Programas estratégicos induzidos aproximam academia e sociedade
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), tem se empenhado na redução de assimetrias no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) e na aproximação da academia com as demandas da sociedade. Sua meta é promover o avanço científico, tecnológico e de inovação no País, impulsionando áreas menos desenvolvidas, por meio de três programas estratégicos lançados em 2020: Programa de Combate a Epidemias , Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Parcerias Estratégicas nos Estados e PDPG Amazônia Legal .
Principal ação da CAPES no enfrentamento ao novo coronavírus, o Programa de Combate a Epidemias engloba a concessão de 2.600 bolsas e um investimento de R$ 200 milhões em quatro anos. Três editais selecionaram 109 projetos de 42 instituições de ensino superior. Em cada um deles a Fundação estimula pesquisas sobre a COVID-19 e outras doenças.
Lucio Freitas-Junior, pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), coordena um dos projetos selecionados no
Programa de Combate a Epidemias
. O laboratório liderado pelo cientista tenta adaptar, para o combate à COVID-19, medicamentos usados no tratamento a outras doenças. Ele destaca a importância dos editais. “Trabalhamos com o objetivo de fazer algo na bancada que possa, efetivamente, ajudar as pessoas a curto prazo”, afirma.
Com um orçamento parecido ao do combate à pandemia, o
PDPG Parcerias Estratégicas nos Estados
é resultado de um trabalho conjunto com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), responsáveis por identificar programas de pós-graduação (PPGs) emergentes (com notas 3 e 4 na avaliação da CAPES – que adota uma escala de 1 a 7 – e com potencial para crescimento) e áreas estratégicas. Haverá a concessão de 1.800 bolsas e investimento de R$ 200 milhões em cinco anos.
O terceiro programa de desenvolvimento da pós-graduação lançado em 2020 compreende a região conhecida como Amazônia Legal , composta pelos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso. São 67 projetos selecionados e 488 bolsas ofertadas, com um investimento de R$ 42 milhões. Assim como as parcerias com as FAPs, o objetivo é diminuir assimetrias. A área concentra PPGs de notas 3 e 4 com potencial para crescimento.
Uma característica em comum às três iniciativas é a presença de bolsistas de pós-doutorado. Cientistas mais experientes unem forças a doutorandos e mestrandos para colocar a pós-graduação como protagonista do desenvolvimento científico e tecnológico, atender demandas da sociedade por meio da pesquisa e trabalhar para reduzir as desigualdades nas instituições de ensino superior de todo o País. A CAPES concedeu 1.255 novos auxílios nessa modalidade por meio dos programas estratégicos induzidos.
“Estou bastante otimista em relação ao avanço da ciência para contornar e conviver com essa situação de maneira razoável. Nunca antes se ouviu tanto falar de ciência. A pandemia trouxe isso: levar à sociedade em geral o papel da ciência, da pesquisa, do conhecimento científico para combater a COVID-19”, avalia Benedito Aguiar, presidente da CAPES.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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