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Programa de Combate a Epidemias terá impacto na inovação
Em entrevista, Benedito Aguiar destaca também que o elevado número de propostas apresentadas demonstra interesse das instituições em enfrentar o novo coronavírus
Ainda este mês, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) inicia a divulgação preliminar dos projetos selecionados para participar do Programa de Combate a Epidemias . Serão concedidas mais 1.450 bolsas, por meio de três editais, além das 1.150 já destinadas à pós-graduação. Para Benedito Aguiar, presidente da CAPES, essa ação contribuirá não só no enfrentamento à COVID-19, mas para formação de pessoal altamente qualificado para atuar com doenças infecciosas em geral. Como consequência, virá a inovação. “Poderá haver impactos significativos, em termos de inovação, tanto nas áreas Médica e Tecnológica quanto nas Ciências Sociais”, avalia Aguiar em entrevista a seguir.
Com o Programa de Combate a Epidemias, quais as expectativas da CAPES em relação aos resultados a serem apresentados pelos cursos atendidos?
Os resultados são muito promissores, considerando a grande quantidade de excelentes propostas apresentadas. Só no primeiro edital foram 549 para 30 projetos a serem beneficiados. Isso demonstra que há um grande interesse no assunto, além de um enorme potencial nas nossas universidades e centros de pesquisa que, estimulados e com o financiamento assegurado, poderão contribuir de forma significativa para o desenvolvimento científico e tecnológico do país no combate e prevenção de epidemias.
O Programa prevê investimentos ao longo de quatro anos, ou seja, as pesquisas serão desenvolvidas agora e nos próximos anos. O que se pretende com essa iniciativa, além da ação imediata?
Esta ação lançada, voltada para a pandemia do coronavírus, pretende fortalecer a massa crítica existente no país em um assunto ainda não dominado cientificamente no mundo, qual seja: o combate eficaz ao SARS-CoV-2. Ela contribuirá para a produção de ciência voltada para um fim específico, no caso, o combate e prevenção à COVID-19. Em decorrência teremos ainda a formação de pessoas altamente qualificadas para atuarem, nas áreas abarcadas, com doenças infecciosas em geral e especialmente no contexto de endemias e epidemias.
Em termos de inovação para a pesquisa brasileira, quais são, na sua avaliação, as principais contribuições deste Programa?
O Programa está voltado para uma demanda específica, que é a COVID-19, e oferece um leque de possibilidades de desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico a partir das pesquisas a serem levadas a efeito. A inovação virá por consequência da apropriação do conhecimento científico gerado, que poderá produzir novos processos e produtos aplicáveis diretamente ao desafio de combate e prevenção à COVID-19, em muitas áreas correlatas. Isso significa que poderá haver impactos significativos em termos de inovação, tanto nas áreas Médica e Tecnológica quanto nas Ciências Sociais.
Sobre o programa de Combate a Epidemias
Iniciado em março, o
Programa
é um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos para enfrentar a COVID-19 e estudar temas relacionados a endemias e epidemias. A iniciativa é voltada para programas de mestrado e doutorado.
Duas dimensões estruturam o Programa: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Na etapa inicial, 1.150 bolsas emergenciais imediatas apoiaram áreas de Saúde (850 auxílios), Exatas, Engenharias, Tecnologias e Multidisciplinares (300 benefícios). Também fez parte da primeira fase o edital nº 09/2020 , que convocou até 30 projetos para o repasse de 900 bolsas e R$345 mil de custeio. Já a segunda etapa selecionou 57 projetos, que receberão 550 bolsas e R$200 mil para despesas.
Confira no
Programa de Combate a Epidemias
os detalhes do três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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