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MESTRADO PROFISSIONAL
Programa da CAPES forma educadores ambientais
Assim como o Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), o ProfCiAmb é fruto de parceria firmada entre a Fundação e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em 2015. O curso apoia temas de pesquisas em Ciências Ambientais, especialmente relacionados à água, com o objetivo de produzir, difundir e aplicar conhecimentos didáticos e metodológicos relacionados às questões socioambientais.
O ProfCiAmb se assemelha aos Programas Profissionais para Professores da Educação Básica (ProEB). Tadeu Malheiros, coordenador nacional do curso, explica que cerca de 90% dos alunos são educadores de base. “Só que o ProfCiAmb recebe professores de diversas disciplinas. Pode vir gente que dá aula de Matemática, de História, de Língua Inglesa. A educação ambiental no contexto escolar é transversal, não há uma única disciplina que trata do tema”, exemplifica. Assim como nos ProEB, é preciso desenvolver um produto voltado para o ensino para concluir o curso.
Professora de Biologia da rede estadual de São Paulo e educadora ambiental do município de Tambaú (SP), Vânia de Oliveira Silva aliou a educação ambiental à acessibilidade. Com base nos estudos da pesquisadora, a prefeitura de Tambaú construiu o “caminho sensorial” no Parque Ecológico Octávio Camarotti. O espaço possui um “caminho dos pés”, no qual elementos como grama, areia fina, pedregulho e madeira ficam perfilados para o visitante andar por cima, vendado e descalço, para ter uma experiência tátil. Há também o “caminho das mãos”, ideal para usuários de cadeiras de rodas.
Há, ainda, um canteiro de plantas, com recuo de acesso aos cadeirantes. Nele, há uma coleção de plantas aromáticas, como temperos, plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais, seguida por um pergolado de madeira e uma fonte de água. “Como servidora da prefeitura, senti orgulho pelo fato de o ‘caminho sensorial’ ter sido importante para reativação do parque ecológico, que hoje recebe escolas até de cidades vizinhas”, conta Vania. Ela também desenvolveu o Guia Didático “Caminho Sensorial” para orientar os educadores nas visitas ao espaço.
A principal diferença do ProfCiAmb para os ProEB reside no fato de o Programa ter parte de seu público-alvo formado por pessoas que não são professores da educação básica atuantes em salas de aula. Murilo Sant’Anna é um exemplo disso. Aluno na Universidade de São Paulo (USP), o jornalista usa seu conhecimento na área de Comunicação Social para ajudar no trabalho em sala ao explorar o potencial dos podcasts no ensino de Ciências Ambientais.
“Esse tipo de mídia tem um poder de fixação”, observa o pesquisador. “O produto a ser produzido é um manual, uma trilha de formação, de como os professores podem organizar aulas com o uso de podcasts sobre gestão da água, gerenciamento de recursos hídricos”, completa Murilo Sant’Anna, que há quase duas décadas trabalha no Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) e esteve em maio no 10º Fórum Mundial da Água, em Bali, na Indonésia, onde debateu educação ambiental.
Sobre a data
O governo federal estabeleceu o 3 de junho como Dia Nacional da Educação Ambiental, com a Lei nº 12.633/2012. Naquela data, completaram-se 30 anos do início da Rio 92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992. A data incentiva a reflexão acerca da importância da preservação e do uso sustentável dos recursos naturais.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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