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Professores de inglês da rede pública vão aos Estados Unidos para aperfeiçoamento
"Quando souberam que eu iria fazer um curso nos Estados Unidos, recebi faixa dos alunos, homenagem na escola e até no muro da minha casa, foi uma verdadeira comoção na minha cidade". Assim relata Elisabete de Fátima Dezem, professora do Colégio Sagrado Coração de Jesus na cidade de Porto Nacional, município com cerca de 45 mil habitantes em Tocantins. Elisabete é uma das 540 professores de língua inglesa da educação básica selecionados pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa ( PDPI ) que receberam orientações de pré-partida nesta quinta-feira, 20, em Brasília.
O programa leva os professores brasileiros para realizar curso intensivo com duração de seis semanas em uma universidade dos Estados Unidos. Foram selecionados 20 professores de cada unidade da federação. "Vou aproveitar essa oportunidade ao máximo, é um sonho que se realiza", afirma a professora.
Além do curso, Elisabete e os demais selecionados receberão os seguintes benefícios: emissão do visto, passagem aérea internacional de ida e volta, ajuda de custo no valor de U$ 500, seguro saúde, alojamento no campus universitário, alimentação, taxas escolares e materiais didáticos a serem utilizados nos cursos.
Desafio da língua estrangeira
Para o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, o PDPI pode auxiliar em uma das principais iniciativas do Governo Federal, o programa Ciência sem Fronteiras. "Com o Ciência sem Fronteiras ficou evidente a necessidade dos estudantes brasileiros se qualificarem com uma segunda língua. O aperfeiçoamento de professores de inglês da rede pública, além de recuperar a missão original da Capes, certamente ajudará a criar uma geração de estudantes brasileiros fluentes em uma língua estrangeira", enfatiza.
O encontro serviu para os professores receberem informações sobre o funcionamento da Capes além de orientações sobre a cultura norte-americana. De acordo coma diretora de Relações Internacionais, Denise de Menezes Neddermeyer, esse intercâmbio cultural é uma das grandes forças do programa. "Além da melhoria profissional, a experiência do curso nos EUA é enriquecedora, pois permite o crescimento da visão de mundo dos nossos professores e contato com outra cultura, a norte-americana", explica.
Multiplicadores
As orientações para os professores também aconteceram em Recife e em São Paulo. O coordenador-geral de Programas da Diretoria de Relações Internacionais, Luis Filipe Grochocki, acredita que o conhecimento apreendido pelos professores poderá ser multiplicado na rede de ensino. "Queremos que esses professores sejam multiplicadores e repassem as metodologias e os aprendizados não apenas para os alunos, mas para os colegas de profissão", concluiu.
O PDPI é fruto da parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Comissão para intercâmbio educacional entre os Estados Unidos e o Brasil (Fulbright) e a Embaixada dos Estados Unidos. O evento em Brasília contou ainda com a assinatura de uma carta de intenções entre a Capes e a Comissão Fulbright para a reformulação e ampliação do programa.
(Pedro Matos)