Professores de comunidades indígenas se formam no Amazonas

As comunidades indígenas do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Amazonas, terão agora mais professores formados para atuar nas escolas da região. Por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica ( Parfor ), em uma parceria da CAPES e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), 34 indígenas dos povos Marubo, Matis, Mayoruna e Kanamari concluíram o curso de Pedagogia Intercultural.

O curso, que atende alunos do alto Solimões, na fronteira com a Colômbia e Peru, teve início em julho de 2016, mas, por causa da pandemia da COVID-19, foi paralisado por um tempo. A formatura ocorreu na última sexta-feira,16. A região concentra o maior número de grupos indígenas em situação de isolamento voluntário do mundo. A UEA é a primeira universidade do País a oferecer a formação em Pedagogia Intercultural Indígena. O curso é voltado aos professores indígenas que atendem às escolas de educação infantil e ensino fundamental das aldeias.

“Essa formatura de novos docentes indígenas mostra a relevância da nossa política de formação de professores, que valoriza a diversidade do País, e exemplifica o alcance dos investimentos que temos feito na educação básica”, destaca Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES. A gestora  ainda ressalta que “formar professores no Brasil é de grande importância, mas formar professores indígenas é agir diretamente no processo de inclusão educacional e social que o Brasil tanto precisa”.

Cláudia reafirma o compromisso da Fundação em continuar apoiando essas iniciativas. A CAPES lançou em fevereiro de 2022, o Edital nº 08/2022 para implementação de novas turmas do Parfor, ofertando no total 12 mil vagas para formação de professores da rede pública de educação básica, em parceria com instituições de ensino superior de todas as regiões do País.

O Parfor incentiva a oferta de educação superior, gratuita e de qualidade, para professores em exercício nas redes públicas de educação básica, permitindo acesso à formação específica em curso de licenciatura na área em que atuam. Além disso, promove a articulação entre as instituições formadoras e as Secretarias de Educação, de acordo com as especificidades de cada rede. Para a coordenadora do Parfor na UEA, Luciane Lopes de Souza, e a do curso de Pedagogia Intercultural Indígena, Celia Aparecida Bettiol, a formatura representa uma importante conquista não só para o município de Atalaia do Norte, mas impacta em todo o Amazonas.

Iniciativa da CAPES, o Parfor é voltado a professores que não têm a formação específica na área em que atuam em sala de aula. As propostas são apresentadas por IES públicas e privadas sem fins lucrativos e os cursos têm duração de máxima de cinco anos. Das vagas ofertadas, o maior quantitativo é destinado à região Nordeste, com 4,6 mil oportunidades. Em seguida vem o Norte, com 3,2 mil. O Sudeste terá 2 mil, o Sul, 1,2 mil, e o Centro-Oeste, mil vagas.

Legen da da s imagens:
Banner e imagem dentro da matéria: Professores de comunidades indígenas se formam no Amazonas (Foto: Divulgação UEL )
Imagem 2: m uma parceria CAPES e UEA, turma conclui curso de Pedagogia Intercultural do Vale do Javari, em Atalaia do Norte - AM ( (Foto: Divulgação UEL )

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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