Professora cria projeto para homenagear mulheres

Bolsista supervisora de subprojeto, coordenadora de área e agora, também, institucional. Essa é parte da história da professora María del Pilar Tobar Acosta com o Programa Institucional de Iniciação à Docência ( Pibid ) da CAPES. Hoje, 08 de março, Dia Internacional da Mulher, vamos saber como o Programa influenciou na trajetória acadêmica e profissional de María del Pilar  e a inspirou na criação do projeto ‘Heroínas Sem Estátua – o conhecimento a partir das mulheres’, que ganhou reconhecimento nacional.

Mestre e doutora em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB), Pilar começou a trabalhar no Programa como professora voluntária, em 2011. De 2014 a 2015, supervisionou o subprojeto Pibid Letras – Português e Português do Brasil como Segunda Língua (PBSL) da UnB. Coordenou a área de Língua Portuguesa do Pibid no Instituto Federal de Brasília (IFB) entre 2018 e 2019, e, desde 2020, é coordenadora Institucional Pibid/IFB.

Desde o seu primeiro dia em sala de aula, a professora criou situações de ensino-aprendizagem para que seus alunos construíssem um pensamento científico. Entretanto, afirma que só conseguiu produzi-las a partir do caminho que traçou com o Programa: “O Pibid me possibilitou unir educação básica e formação de professores, o que define a minha atuação como docente e pesquisadora”.

Projeto premiado
Em 2015, Pilar criou o projeto ‘Heroínas sem Estátua – o conhecimento a partir das mulheres’. O trabalho foi premiado pelo 9º Prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação (MEC), nas categorias Distrital, Regional Centro-Oeste e Nacional, alcançando o reconhecimento de Melhor Projeto do Biênio 2014-2015 para o Ensino Médio, entre mais de 11 mil projetos inscritos.

A iniciativa surgiu a partir de sua inquietação sobre a violência contra mulheres “tão presente na nossa sociedade e que deveria ser tematizada e combatida no âmbito escolar”, além do seu desejo de valorização das mulheres como produtoras de conhecimento, nas diversas áreas do saber acadêmico e da vida diária.

Dividido em cinco eixos, o projeto permitiu aos 287 estudantes participantes selecionar mulheres que gostariam de homenagear como heroínas, de artistas, pesquisadoras, ativistas ou atletas até suas mães, avós e seus exemplos do dia a dia. Em vez de artigos, cada aluno produziu uma arte multimodal, a partir de sua pesquisa. As obras foram expostas na escola, na Semana de Ciência e Tecnologia do Governo do Distrito Federal (GDF) e na Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Epae), do GDF. Além disso, foram divulgadas na mídia local e no Museu Virtual das Heroínas sem Estátua , criado para expor todo o material.

Pilar comemora que todos os ex-bolsistas seguiram carreira como educadores, o que “evidencia a centralidade do Pibid para a formação de professores no Brasil”. Ela conclui expressando seu desejo de que o Pibid e o Residência Pedagógica sejam ampliados e consolidados como políticas de Estado.

Legenda das imagens:
Banner: Imagem ilustrativa (Foto: iStock/ Drazenzigic )
Imagem 1: Maria del Pilar hoje está como coordenadora institucional do Pibid, no IFB Brasília (Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2: As obras estão disponíveis no Museu Virtual das Heroínas sem Estátua (Foto: Divulgação)
Imagem 3: Seu projeto foi vencedor do 9º Prêmio Professores do Brasil, oferecido pelo MEC (Foto: Divulgação/MEC)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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