Notícias
Presidente da Capes recebe delegação Suíça e discute Ciência sem Fronteiras
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, recebeu nesta quarta-feira, 5, a visita de delegação Suíça em Ciência e Tecnologia. O encontro discutiu possíveis acordos entre os países no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), além de parcerias em programas de formação de professores da educação básica.
Segundo Guimarães, apesar da cooperação com a Suíça já existir, as circunstâncias favorecem o estreitamento dessa relação. "Agora com o Ciência sem Fronteiras temos muitas outras razões para estreitar nossa cooperação", disse. O presidente da Capes apresentou ainda ao grupo o Programa de Licenciaturas Internacionais ( PLI ), no qual estudantes brasileiros de licenciatura podem permanecer até 24 meses em universidades estrangeiras. "Queremos incluir a Suíça neste programa. Estamos interessados porque sabemos a importância da educação básica", disse.
Após apresentar o funcionamento do sistema educacional suíço, o chefe da Cooperação Bilateral da Secretaria de Estado para Educação e Pesquisa (SER), Mauro Moruzzi, afirmou que, apesar da Suíça ser um país que tradicionalmente preza pela internacionalização de sua educação, ainda é necessária a diversificação dessas relações. "Nossas relações de cooperação ainda são predominantemente com a Europa. Essa aproximação com o Brasil favorece a diversificação." Completou afirmando que desafios como linguagem e distância têm que ser transformados em oportunidades.
Também estiveram presentes na reunião a chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Educação (MEC), Luciana Rocha Mancine; e o coordenador geral de Bolsas e Projetos da Capes, Geraldo Nunes.
Ciência sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o
Ciência sem Fronteiras
já concedeu cerca de 18 mil bolsas. A meta do programa é oferecer 101 mil bolsas até 2015. Serão 75 mil por parte do governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada. A expectativa até o fim deste ano é chegar a 20 mil bolsas, com investimento aproximado de R$ 1,12 bilhão.
O programa promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
Pelo programa, estudantes de graduação e de pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o Ciência sem Fronteiras tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.
Programa de Licenciaturas Internacionais
O programa tem como objetivo elevar a qualidade da graduação, tendo como prioridade a melhoria do ensino dos cursos de licenciatura e a formação de professores, por meio da ampliação e dinamização as ações voltadas à formação inicial e implementação de novas diretrizes curriculares para a formação de professores, com ênfase no ensino fundamental e no ensino médio.
Gisele Novais