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NUTRIÇÃO
Plantas alimentícias do Brasil são apresentadas em livro
Pesquisa da nutricionista e pós-doutoranda da CAPES, Michelle Jacob, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com seu orientador, especialista em Botânica, Ulysses Paulino de Albuquerque, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acaba de virar um livro. O trabalho contou com a participação de pesquisadores estrangeiros e tem como principal proposta oferecer informações sobre a composição nutricional das chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). O grupo defende que estas plantas também sejam inseridas na alimentação escolar brasileira.
Publicado pela editora alemã Springer com o título Local Food Plants of Brazil (em livre tradução: Plantas Alimentícias Locais do Brasil), o trabalho está disponível em inglês no site https://www.springer.com/gp/book/9783030691387 . A obra apresenta a diversidade de vegetais comestíveis existentes em cinco biomas brasileiros: Caatinga, Cerrado, Pampa, Amazônia e Pantanal. Além disso, oferece um panorama sobre novas possibilidades de plantas para alimentação de populações locais no País. “Existem 30 mil diferentes plantas comestíveis no planeta e 20% delas estão no Brasil”, explica Jacob.
A pesquisadora destaca que todas podem ser excelentes fontes de nutrição, servindo como base da alimentação. “O que vemos hoje é que o planeta concentra o consumo global basicamente em apenas três espécies: milho, soja e trigo”, observa. Bacuri, monguba, beldroega, chanana, palma, araruta, taioba, cumaru, pequi, pitomba e jenipapo estão listados no estudo. “Plantas alimentícias locais estão no centro de dietas sustentáveis. O redirecionamento do nosso sistema produtivo pode fortalecer a resiliência dos sistemas alimentares frente às mudanças climáticas, contaminação química por agrotóxicos e emergência de surtos zoonóticos, como é o caso da COVID-19”, explica a cientista.
Para complementar o trabalho, o livro inspirou a criação de um aplicativo, o Neide (NEuralnet IDEntification of unconventional food plants) , que identifica dez espécies de PANC. Inicialmente, o app servirá como ferramenta educativa nas atividades do Laboratório Horta Comunitária Nutrir (LabNutrir), da UFRN.
Legenda das imagens:
Banner: Planta
Chanana utilizada no estudo
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 1:
Planta
Beldroega
utilizada no estudo
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 2:
Pesquisadora Michelle Jacob, da UFRN
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 3:
Planta
Monguba
utilizada no estudo
(Foto: Arquivo Pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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