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Pibid, Periódicos e relações com o Sul Global são destaque
A CAPES destacou nesta terça-feira, 9 de julho, o fortalecimento do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) em 2024. A Fundação citou o novo edital, com mais de 80 mil bolsas, como uma das principais medidas da atual gestão para a educação de base do Brasil. A iniciativa abarca todo o curso de licenciatura, antes dividido entre Pibid e o Programa de Residência Pedagógica.
Em roda de conversa sobre os 18 meses da gestão do governo federal na educação e as perspectivas para o futuro, Denise Pires de Carvalho, presidente da Fundação, falou sobre a junção dos programas de iniciação à docência no Edital nº 10/2024. “Trouxemos um Pibid único e fortalecido, com reserva de 10 mil vagas para alfabetizadores, alinhado ao programa de alfabetização na idade certa do Ministério da Educação”, disse a gestora, ressaltando que a ação já beneficiou 420 mil estudantes de licenciatura em 15 anos.
A presidente da CAPES situou o Pibid junto a outras iniciativas da Fundação para melhorar a educação básica do País. Denise citou o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), responsável por adequar a formação de 400 mil professores da educação básica ao ofertar uma segunda licenciatura para quem leciona em áreas para as quais não haviam se capacitado.
Os Programas Profissionais para Professores da Educação Básica – o ProEB – que reúnem 12 programas de mestrado e um de doutorado profissionais para ofertar uma formação continuada aos educadores presentes nas salas de aula, também foram mencionados, assim como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece uma educação a distância de qualidade em todo o Brasil.
Luiz Antonio Pessan, diretor de Programas e Bolsas no País, por sua vez, participou de um debate sobre Ciência Aberta. O gestor observou que o Brasil registrou 156.800 artigos na base OpenAlex em 2023, 75% dos quais em acesso aberto, citou o Portal de Periódicos da Fundação como um agente importante para que esses dados se concretizem: “Em torno de 90% da pesquisa científica brasileira se faz na pós-graduação. O acesso facilitado a conteúdos de diversas editoras no Brasil se dá graças ao Portal de Periódicos. Isso possibilita o desenvolvimento de uma ciência de qualidade”.
Em outra mesa, discutindo a atratividade de uma carreira científica no Brasil para pesquisadores estrangeiros, Rui Oppermann, diretor de Relações Internacionais, destacou dois aspectos da assimetria relacionada à mobilidade: uma ligada aos países que recebem os brasileiros e outra vinculada à pouca presença de cientistas do exterior no País. Nos últimos cinco anos, cerca de 20 mil bolsistas foram para fora e, aproximadamente, 3,8 mil vieram para cá.
Os estudantes brasileiros, segundo o diretor, se concentraram na Europa e nos Estados Unidos e são poucos os que foram para África, América Latina e Ásia. Oppermann ressaltou a importância de uma estratégia para atrair pesquisadores estrangeiros: “É um grande desafio; o sistema de pós-graduação brasileiro pode abrigar um maior número esses estudantes para que participem de projetos de pesquisa e façam mestrados e doutorados.”
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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