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Pesquisadores debatem Recursos Educacionais Abertos
Começou nessa quarta-feira, 28, na sede da CAPES em Brasília, o encontro entre representantes da educação e pesquisadores do Mercosul para construir propostas e políticas públicas para o avanço dos Recursos Educacionais Abertos (REA).
Os Recursos Educacionais Abertos (REA) são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer meio, disponíveis no domínio público, que possuem licenças abertas, ou seja, permitem amplo acesso, uso, redestinação, reutilização e redistribuição por terceiros.
Neste primeiro dia de debates, a pauta foi voltada à sensibilização de gestores públicos brasileiros para a importância da colaboração na democratização da educação e do conhecimento. “A maioria desses produtos resulta da utilização de verbas e de recursos públicos. Dentro dessa linha, eu acho que a sociedade, o segmento educacional, tem que ser privilegiado no acesso a esse material”, afirmou Sonia Báo, diretora de avaliação da CAPES.
A discussão acerca do REA no bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai é uma iniciativa da UNESCO em cooperação com o MEC e a CAPES. Rebeca Otero, coordenadora de educação básica da UNESCO, fala sobre a importância da participação das instituições: “Tanto a CAPES quanto o Ministério da Educação podem organizar, fazer repositórios, trazer essa discussão a um nível nacional, para que isso possa ser implementado como uma política pública e ser absolvida pelo país”.
Recursos ducacionais Abertos (REA)
O termo REA – Recursos Educacionais Abertos – foi aprovado durante o Fórum Mundial realizado na sede da UNESCO, em Paris, em 2002. Quinze anos depois, os Recursos Educacionais Abertos entraram definitivamente na agenda de governos e instituições interessados em promover valores como equidade, qualidade e inclusão na educação, cumprindo o Objetivo 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Congresso Mundial da UNESCO sobre Recursos Educacionais Abertos, ocorrido em 2012, resultou na Declaração REA de Paris, que convocou governos a implementar políticas de educação aberta como incentivo e promoção dos REA. Em 2017, o Congresso Mundial da UNESCO sobre o assunto resultou no Plano de Ação de Liubliana 2017 e em um Compromisso Ministerial assinado por 11 países, entre eles o Brasil, com base nas orientações da Declaração de Paris (2012).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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