Notícias
BOLSISTA EM DESTAQUE
Pesquisa é premiada em evento de nanotecnologia farmacêutica
Alice Frota, farmacêutica formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestranda em Ciências Farmacêuticas pela mesma instituição, pesquisa uma solução tópica capaz de auxiliar no tratamento de câncer de pele.
Sobre o que é sua pesquisa?
Eu trabalho com o desenvolvimento de nanocarreadores, que são partículas de tamanho nanométrico, para o tratamento e/ou diagnóstico do câncer. Essas partículas minúsculas atuam como transportadores para fármacos ou outras moléculas de interesse, levando-os até o local do nosso corpo onde o tumor se encontra. Atualmente, estou focada no desenvolvimento de nanocarreadores visando aplicação no diagnóstico do câncer colorretal. No entanto, durante a iniciação científica, trabalhamos com outro tipo de nanocarreador, os lipossomas, aplicáveis à terapia do câncer de pele. Ambos os trabalhos trazem o foco das linhas de pesquisa conduzidas no GPNano: a nanotecnologia farmacêutica no manejo do câncer.
Já temos algum resultado? É possível mensurá-los?
Sim, em ambos os projetos nós já possuímos resultados, mas eles se encontram em estágios bem diferentes. O trabalho voltado para o câncer de pele está bem mais maduro e foi liderado pela doutoranda Karina Nogueira, que permanece em sua condução. Com o câncer colorretal, por outro lado, ainda estamos dando os primeiros passos, mas acreditamos que construiremos um trabalho igualmente sólido e promissor.
De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade? E para o Brasil?
A relevância epidemiológica do câncer em nível global e nacional é inquestionável, sendo uma das principais causas de morte ou barreira para o aumento da expectativa de vida de milhões de pessoas. Nosso objetivo é conduzir pesquisas robustas que, em algum momento, possam contribuir para a obtenção de estratégias de tratamento e diagnóstico mais eficazes e menos agressivas para esses pacientes. Além disso, o fato delas serem desenvolvidas em nosso país permite que os pesquisadores brasileiros ganhem cada vez mais espaço e respaldo mundial.
A sua pesquisa já recebeu alguma premiação?
O projeto de desenvolvimento de lipossomas para a terapia fotodinâmica do câncer de pele foi apresentado por mim no
II Workshop CAPES-PrInt: New Perspectives in Nanotechnology for Pharmaceutical Sciences
. Na ocasião, o trabalho foi premiado como o melhor apresentado no evento.
O que vale destacar da sua pesquisa?
O aspecto da inovação e da terapia alvo-direcionada. Em ambos os casos estamos buscando desenvolver sistemas que permitam direcionar os fármacos e/ou moléculas carreadas de forma mais específica para o sítio tumoral. Desse modo, a ideia não é propormos apenas mais uma alternativa terapêutica, e sim estratégias que alcancem uma eficácia superior e efeitos adversos muito reduzidos em relação às terapias convencionais disponíveis na clínica atualmente.
Qual é a importância da bolsa da CAPES?
A existência do fomento bem como a sua capacidade de garantir plenamente a subsistência do aluno na pós-graduação são o que ditam a qualidade do trabalho gerado. Sem a bolsa não há como existir dedicação exclusiva ao projeto, o que impacta na complexidade das pesquisas conduzidas e afasta os alunos da academia.
Legenda das imagens:
Banner e i
magens dentro da matéria
: Alice Frota, farmacêutica formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestranda em Ciências Farmacêuticas pela mesma instituição
(Foto: Arquivo pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES