Pesquisa comprova efeito da vacina

O efeito de proteção das vacinas contra a COVID-19 foi evidenciado num estudo da Fiocruz Amazonas e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Mais de 4 mil amostras de paciente infectados foram analisadas para entender como se deu a dispersão de três variantes – Delta, Gama e Ômicron – no Amazonas. A descoberta foi anunciada em artigo publicado na Nature Communications , um periódico dedicado à divulgação de pesquisas de alta qualidade que representam avanços significativos para os especialistas de cada área. O texto pode ser conferido no site da revista .

O trabalho mostrou que as variantes tiveram um caminho de disseminação comum, da capital, Manaus, para o interior. Além disso, constatou que a Ômicron, mesmo com taxa de transmissão até três vezes maior do que as outras, não registrou o efeito catastrófico causado pela onda da variante Gama. Felipe Naveca, virologista e coordenador do grupo que realizou a pesquisa, explicou que “felizmente, a Ômicron não causou maiores impactos do ponto de vista de formas graves da doença, ou mesmo óbito, por conta do avanço da vacinação da população”.

Naveca é chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes e Negligenciados da Fiocruz Amazônia e pesquisador do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágico do IOC/Fiocruz. No grupo que fez a análise, está a pesquisadora Fernanda Nascimento, bolsista da CAPES no mestrado e, agora, também no doutorado em biologia da interação patógeno-hospedeiro.

Sobre a publicação, Fernanda reconhece ser “um marco muito grande, justamente porque a investigação  bruta foi feita por pesquisadores locais”. Para ela, o trabalho de vigilância genômica, que consiste em monitorar e sequenciar a genética de microrganismos, gera retorno para a sociedade: “não é um dado que fica restrito, a gente libera para o mundo inteiro”.

Legenda das imagens:
imagem 1: O professor Felipe Naveca coordenou o grupo que fez a descoberta (Foto: Arquivo pessoal)
Banner e imagem 2: Fernanda realiza coleta para ajudar no diagnóstico de SARS e vigilância genômica (Foto: Arquivo pessoal)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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