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Pesquisa analisa variação linguística durante a pandemia
Luziana da Silva Bernardo, é formada em Letras - Língua Portuguesa, pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). Bolsista da CAPES, no mestrado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a pesquisadora estuda a variação linguística em aulas transmitidas pelo Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), durante o período de ensino remoto emergencial.
Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória acadêmica.
Eu cursei Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), no interior do Ceará, uma universidade que recebe estudantes brasileiros e de países da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa. Durante a graduação sempre busquei participar de projetos e aprender o máximo que eu pudesse com as experiências que me eram proporcionadas. Então, fui bolsista de programas como Pibid e Residência Pedagógica, financiados pela CAPES. Atualmente, curso o mestrado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista.
Do que trata a sua pesquisa?
Minha pesquisa, basicamente, tem como objetivo investigar como os professores de Língua Portuguesa que ministraram aulas no Centro de Mídias de SP (CMSP), trataram a questão da variação linguística. Será que os professores da educação básica estão capacitados para falar sobre o assunto? Será que nessas aulas há ou houve um incentivo a valorização linguística e cultural existente no nosso País? Será que contribuíram para reduzir os estereótipos e preconceitos que vemos diariamente contra a língua?
O Centro de Mídias, como sabemos, foi um projeto bem recente, criado pelo governo de SP, durante a pandemia, visando a transmissão de aulas ao vivo como um complemento a mais para os estudantes paulistas. Além dessas aulas, eles também assistiam às aulas disponibilizadas pelos professores de suas escolas. Para além da transmissão das aulas, o Centro também ficou responsável pela formação continuada dos professores da rede estadual paulista.
De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade?
O estado de São Paulo é um dos maiores e mais desenvolvidos do Brasil. Minha pesquisa vai mostrar como anda o ensino no estado, pois os professores que atuaram no Centro de Mídias são os mesmos que atuam diariamente na rede estadual de ensino.
Por meio da análise das aulas de português, conseguimos perceber diversos pontos; um deles é justamente a formação, e formação continuada, que esses professores tiveram no decorrer da vida.
Além disso, pretendo que minha pesquisa chegue ao Centro de Mídias de SP, visando contribuir para que sua equipe pedagógica incorpore formações específicas sobre variação linguística e ensino para os professores, visando cada vez mais a valorização da diversidade linguística do País e a luta contra o preconceito linguístico.
De que forma a bolsa da CAPES contribui para sua formação?
A CAPES me acompanha desde a graduação e sempre foi um incentivo muito grande, pois sabemos como é a realidade de jovens universitários de famílias humildes, o quanto se gasta com transporte público, alimentação, aluguel, materiais de estudo etc. E, mesmo agora, no mestrado, ainda passo por tudo isso; então, ser bolsista da CAPES me dá a possibilidade de estudar com um pouco mais de tranquilidade e conforto.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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