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PRÊMIO CAPES DE TESE
Pela 17ª vez, CAPES premia as melhores teses do País
A CAPES premiou, pela 17ª vez, as melhores teses do País. Em solenidade presencial realizada nesta quarta-feira, 23 de novembro, foram entregues os três Grandes Prêmios CAPES de Tese, concedidos aos principais trabalhos de conclusão de doutorado por Colégio do conhecimento: Ciências da Vida, Humanidades e Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, defendidos em 2021.
Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES, explicou a relevância da premiação para o Brasil. “Essa cerimônia é um símbolo fortíssimo do mérito, da verticalidade da pesquisa, daquilo que é a missão da CAPES: a alta formação”, disse. “É só por meio da alta formação que se gera protagonismo para o desenvolvimento social”, completou. Para Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Prêmio é um “produto valioso da pós-graduação ” e é “ importante para o sistema como um todo ”.
Os três vencedores já eram conhecidos : Marcos Marques Formigosa (Grande Prêmio Cândido Rondon, de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar), Cihelio Alves Amorim (Grande Prêmio Marta Vannucci, de Ciências da Vida), e Adriano Souza Senkevics (Grande Prêmio Carmen Portinho, de Humanidades). Eles receberam bolsas de estágio pós-doutoral com mensalidade de US$2,1 mil por até um ano no exterior, além de certificado e troféu. Seus orientadores receberão R$9 mil cada para participar de congresso internacional.
“A pesquisa traz debates importantes e necessários sobre o modo de vida das comunidades ribeirinhas situadas na Amazônia que têm sido impactadas por empreendimentos como a hidrelétrica de Belo Monte”, disse Formigosa, que concluiu a pós-graduação stricto sensu em Ensino pela Universidade do Vale do Taquari (Univates) e lá desenvolveu o trabalho As etnomatemáticas de alunos ribeirinhos do Rio Xingu: jogos de linguagem e formas de resistência . Ieda Maria Giongo foi a orientadora. “Essa premiação, para a Amazônia, e em particular para o estado do Pará em regiões do Xingu, tem um significado muito especial”, concluiu.
“Acredito que um maior incentivo em pesquisas e em políticas públicas relacionadas à qualidade da água pode levar a uma melhoria na disponibilidade de água potável para nosso País”, afirmou Amorim, doutor em Biodiversidade pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e autor da tese Florações algais no estado de Pernambuco: causas, consequências e controle . O trabalho foi orientado por Ariadne do Nascimento Moura e coorientado por Ênio Wocily Dantas. “O Prêmio CAPES tem uma grande importância para o incentivo às futuras pesquisas no Brasil em todos os níveis”, finalizou.
“Minha pesquisa abarca o período de 1991 a 2020, ou seja, de expansão do ensino superior e coloca em perspectiva histórica as políticas de acesso a essa etapa da educação”, explicou Senkevics, que fez o doutorado em Educação na Universidade de São Paulo (USP). Ele escreveu O acesso, ao inverso: desigualdades à sombra da expansão do ensino superior brasileiro, 1991-2020 , obra na qual recebeu orientação de Marília Pinto de Carvalho. “O Prêmio CAPES tem uma importância imensa porque valoriza a carreira do pesquisador e a pesquisa nacional”, continuou.
Eles são os grandes vencedores de um grupo de 49 pesquisadores que já haviam sido premiados anteriormente. O Grande Prêmio é o ápice do Prêmio CAPES de Tese, oferecido a um cientista por área de Avaliação. Essa quase meia centena de doutores receberá bolsa para estágio pós-doutoral dentro do País. Já os orientadores levam R$3 mil para participação em evento acadêmico-científico no Brasil.
Além de Cláudia de Toledo, compuseram a mesa de abertura da cerimônia Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Renato Brito, diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais de Educação da Secretaria de Educação Básica do MEC, Gonçalo Apolinário, representante da Dimensions Sciences no Brasil, e Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Também participaram Carlos Moreno, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Mariana Emerenciano, conselheira da Dimensions Sciences no Brasil, e os diretores da CAPES.
Premiações das parceiras
Senkevics e Formigosa receberam mais R$15 mil cada. Isso porque eles venceram nas categorias de Educação e Ensino, respectivamente, as duas áreas que são premiadas pela
Fundação Carlos Chagas
, instituição sem fins lucrativos criada em 1964 e que tem como prioridade o investimento em pesquisa e educação. Também receberam R$ 5 mil cada os quatro candidatos homenageados com menções honrosas nessas áreas (dois por área).
Pela terceira edição seguida, houve um prêmio específico para uma mulher autora de trabalho na área de Biotecnologia que envolva inovação e empreendedorismo. A Dimensions Sciences , organização norte-americana sem fins lucrativos fundada pela cientista brasileira Márcia Vasconcellos Fournier, entregou o Prêmio Nova Dimensão, de US$2 mil (cerca de R$10,7 mil), para Mara Thaís de Oliveira Silva. Ela é doutora pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Em sua tese, orientada por Sibele Borsuk, a cientista avaliou diferentes estratégias vacinais para o controle de linfadenite caseosa, doença infecciosa que afeta cabras e ovelhas.
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Imagem 1:
Autoridades da mesa de abertura da cerimônia e premiados dividiram o palco
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
Imagem 2:
Cláudia de Toledo, presidente da CAPES (centro), com os vencedores dos Grande Prêmios CAPES de Tese e das honrarias das entidades parceiras
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
Imagem 3: Álbum do evento na rede social Flickr
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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