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FORMAÇÃO DE PROFESORES
Parfor é tema de audiência na Câmara dos Deputados
O Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), criado pela CAPES em 2009, foi tema de audiência pública na quinta-feira, 9 de novembro, na Câmara do Deputados. A Iniciativa oferta cursos de licenciatura para educadores que não têm a formação específica nas disciplinas que lecionam e já atendeu mais de 100 mil profissionais da rede pública.
Marcia Serra Ferreira, diretora de Formação de Professores da Educação Básica da CAPES, participou da audiência e explicou a dinâmica de oferta dos cursos do Parfor, como o processo de seleção das instituições de ensino superior (IES), a adesão das secretarias de educação, o cadastramento dos profissionais participantes e o início das atividades. O Programa é oferecido em 123 IES e já formou educadores de mais de 33 mil escolas de 2,6 mil municípios.
Ao mostrar que o Parfor está presente, principalmente, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as que mais precisam da adequação na formação, a diretora reforçou a necessidade de ampliar os investimentos no Programa. “Ainda há muitos profissionais que lecionam disciplinas para as quais não fizeram a licenciatura”, afirmou. Em matemática e Língua Portuguesa, por exemplo, mais de 20% dos professores do ensino médio no País não têm a graduação adequada.
A permanência do professor no curso do Parfor é um dos principais desafios do Programa na avaliação de Marcia Ferreira. Outro aspecto é a oferta regular de concursos pelas redes, o que permitiria fixar um maior número de professores com formação na área de trabalho. “É preciso que estados e municípios entendam a importância de ter um educador adequadamente formado e criem condições para eles continuem no Programa”, ressaltou.
A diretora da CAPES destacou a criação, este ano, do Parfor Equidade, que tem o objetivo de formar professores em licenciaturas específicas para atendimento às redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e do campo, especial inclusiva e bilíngue de surdos. “O objetivo é induzir as instituições de ensino superior a criarem cursos específicos”, afirmou. O Parfor já foi tema de 149 dissertações de mestrado e 75 teses de doutorado.
A audiência pública foi realizada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados a pedido da deputada Socorro Neri (PP-AC). O debate teve a participação de outros parlamentares e de representantes de diversas organizações como a Associações Nacionais pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), de Política e Administração da Educação (Anpae) e o Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais do Parfor.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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