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EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
Parcerias entre estados e União podem reduzir desigualdades
A redução das desigualdades e o desenvolvimento do País passam pela atuação conjunta entre os estados e a União. Isso quer dizer que parcerias entre agências como a CAPES com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) são fundamentais ao juntar o olhar de quem está na ponta para as demandas locais com os recursos do governo federal. A mensagem é de Mercedes Bustamante, presidente da Agência, que falou na abertura e em uma mesa redonda do Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), realizado em São Paulo nesta quinta-feira, 23 de março.
“Há um grau grande de complementariedade entre os sistemas estaduais e o federal de ciência e tecnologia. É preciso que essa parceria seja revigorada para que possamos trazer bastante inovação”, afirmou a presidente da CAPES, que se disse “emocionada” pela volta da Fundação ao Confap. “Uma preocupação da CAPES são as assimetrias regionais. E aí são os atores estaduais que vão poder nos informar quais as demandas locais”, continuou a gestora.
As parcerias entre a CAPES e as FAP estabelece o combate às diferenças regionais no tocante à educação. A Portaria nº 106/2014, relativa ao Programa CAPES/FAP, trouxe isso de forma expressa. Mercedes Bustamante destacou dois Programas de Desenvolvimento da Pós-Graduação (Parcerias Estratégicas com os Estados — os editais estão disponíveis aqui e aqui — e de Apoio ao Desenvolvimento da Região Semiárida Brasileira ) como exemplos de ações que vão no caminho certo. Neles, as demandas são informadas pelos estados em oficinas de priorização e existe uma parceria que envolve a concessão de bolsas, pela CAPES, e uma contrapartida financeira, em forma de custeio, pelas FAP.
Marco Antonio Zago, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), instituição que sediou o evento, ressaltou os mais de 60 anos da fundação paulista, pioneira entre as estaduais. Disse ser “um modelo que deu certo”, pois as FAP se espalharam por todo o Brasil. E observou: “Há um amplo espaço para fortalecer e amadurecer as relações das FAP com o Sistema Federal de Ciência e Tecnologia”. Já Odir Dellagostin, presidente do Confap, afirmou que a Fapesp serve como “liderança e modelo para as outras FAP” e ressaltou a necessidade de interlocução com CAPES, CNPq e Finep.
No final do encontro, foram entregues os Prêmio da Confap. Ao todo, seis iniciativas de quatro Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) foram agraciadas nas duas categorias - Desenvolvimento do Ecossistema de CT&I e Gestão e Desenvolvimento Organizacional - do Prêmio Confap de Boas Práticas em Fomento à CT&I. Outros 15 pesquisadores e três profissionais de comunicação foram os escolhidos nas seis categorias do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação Professora Odete Fátima Machado da Silveira.
Sobre o Confap
O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) surgiu em 2006. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos que reúne as FAP das 27 unidades da Federação e tem por objetivo promover a articulação dos interesses das agências estaduais de fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação do Brasil.
Confira a apresentação da presidente da CAPES.
Legenda das imagens:
Banner e imagem dentro da matéria:
Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, falou sobre programas realizados em parceria entre a CAPES e as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa - FAPs
(Foto:
Chico Max/Divulgação CONFAP)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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