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Parceria entre universidade e indústria é foco de programa
Modalidade muito explorada pelas universidades em países desenvolvidos, a colaboração industrial será um dos critérios de avaliação da pós-graduação utilizados pela CAPES a partir de 2021. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o programa de Informática foca na formação dos alunos alinhada ao empreendedorismo.
Em 2015, o curso se planejou para ser nota 7 CAPES até 2030 e referência na criação de empresas. “Nós queremos um programa que seja visto como importante para a sociedade, que transforme a economia do nosso estado”, afirma o professor Edleno Moura.
O planejamento já está gerando resultados. O doutorando Max Lima foi contratado por uma empresa de tecnologia. Ele vê com otimismo a integração entre academia e indústria. “A gente está conseguindo ampliar, fazer mais pesquisas, ter resultados, e também está conseguindo aplicar isso e fomentar a economia”, conta.
A formação de profissionais qualificados atraiu para Manaus uma empresa mineira, que atua na área de cashback, que reembolsa ao titular do cartão de crédito um percentual do que é gasto. Arilo Claudio, professor da Ufam, se licenciou da universidade e atua como diretor desta empresa.
Dos 52 profissionais contratados pela companhia, 40 são egressos da Ufam. “A universidade tem um propósito, que é formar pessoas e gerar pesquisas, sendo que ela tem muita dificuldade em levar o resultado das pesquisas até a mão das pessoas. Por outro lado, é o que a indústria quer. Essa junção cria um cenário que deveria ser o mais perfeito possível”, destaca o diretor.
O professor Moisés de Carvalho usa a experiência adquirida no mercado e a direciona ao ensino para melhorar a preparação dos alunos. “Quando eu estava na indústria, qual era um dos problemas que a gente mais observava? Os alunos chegavam com uma diferença de conhecimento entre o que a empresa queria e o que a universidade conseguia entregar”, afirma.
A Zona Franca de Manaus também ajuda a impulsionar as parcerias entre universidade e setor produtivo. Para aumentar a integração, a Ufam criou a Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica. “É extremamente importante que a universidade consiga ter um diálogo mais efetivo com a sociedade, especialmente para deixar a disposição dela os avanços de conhecimento e aqueles que redundam em desenvolvimento tecnológico”, diz pró-reitor Waltair Machado.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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