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Parceria com Alemanha completa uma década de sucesso
Há dez anos, a CAPES e a Alemanha fizeram a primeira chamada do Programa Bragecrim (Iniciativa Brasil-Alemanha para Pesquisa Colaborativa em Tecnologia de Manufatura). O objetivo desta iniciativa é gerar conhecimento tecnológico que possibilita o desenvolvimento de soluções inovadoras para melhorar a produtividade, qualidade e sustentabilidade das companhias brasileiras e alemãs.
Em uma década, 35 projetos foram aprovados para participar do programa, cada um deles com duração de até quatro anos. Eles receberam apoio para missões de estudo, recursos de custeio e de capital, além de bolsas de pesquisa. Foram 277 missões de estudo financiadas pela CAPES e a Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), que teve suas atividades iniciadas em 2009.
Para Mauro Rabelo, diretor de Relações Internacionais da CAPES, programas desta natureza reforçam a importância de alinhar pesquisa científica com o desenvolvimento industrial. “Quando temos universidade e indústria dialogando, contribuímos para o crescimento sólido do país”, afirma.
Klaus Schützer, coordenador de projeto Bragecrim na Universidade Metodista de Piracicaba, participou duas vezes do programa. Na primeira, em 2009, a pesquisa teve como objetivo integrar sistemas na indústria desde a fase de desenvolvimento até a de produção. As pesquisas indicaram uma redução no esforço para realizar as tarefas, focando nas necessidades da cadeia produtiva.
O segundo projeto, iniciado em 2014, estudou a indústria 4.0, buscando componentes inteligentes para o desenvolvimento industrial. O maior desafio do projeto foi alinhar desenvolvimento científico com as necessidades da indústria.
“O Bragecrim foi um divisor de águas. O programa conseguiu garantir a internacionalização e os recursos de custeio, e envolver alunos desde a graduação até o pós-doutorado”, afirma Schützer.
Coordenador de um projeto Bragecrim pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Eduardo Pereira integrou a pesquisa que desenvolveu componentes para prever falhas em equipamentos. O projeto foi aplicado no Brasil e na Alemanha durante a execução. “São equipamentos industriais de alta relevância. Podemos produzir as peças de substituição antes da falha e ter economia de tempo e recurso”.
Como sucessor do Bragecrim, que encerra as atividades após a conclusão dos projetos em andamento, a CAPES e a DFG iniciaram em 2018 o Programa de Iniciativa de Pesquisa Colaborativa (PIPC). Dois editais foram lançados ainda no ano passado e engloba três áreas do conhecimento: Engenharia, Química e Direito.
Os primeiros projetos selecionados têm conclusão prevista para 2022. O PIPC abrange as modalidades graduação-sanduíche, estágio de pesquisa para mestrado, doutorado-sanduíche e pós-doutorado.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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