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BOAS PRÁTICAS
Núcleo da UFMT atua na inclusão de alunos com deficiência
Priscila Lopes Ferreira é graduada em Letras/Libras e faz mestrado em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A permanência nos estudos da pesquisadora, que tem surdez, é facilitada pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), criado pela instituição em 2021 para assegurar o ingresso e a permanência de estudantes com deficiência nos cursos de graduação e pós-graduação.
Bolsista da CAPES, Priscila estuda, na área de linguística, o processo de ensino e aprendizagem, que envolve o professor e o aluno surdos, com o uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Para o desenvolvimento da sua pesquisa, ela conta com o apoio de intérpretes do NAI, que a acompanham em suas atividades na universidade. “É muito importante esse trabalho de inclusão”, afirma.
A pesquisa realizada por Priscila tem o objetivo identificar a faixa etária adequada para que as crianças surdas aprendam Libras. “Eu me lembro de como foi meu atraso para aprender. Só comecei aos 22 anos. Foi um desafio para mim”, conta. “Vejo como é fundamental essa questão para a comunidade surda. Por isso o meu tema é ensino e aprendizagem para o surdo. Para ele ter seu desenvolvimento sem atraso”, conta.
O NAI atende estudantes deficientes de qualquer natureza, seja sensorial, visual, auditiva, física, intelectual ou autismo, de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão de 2015. Na UFMT, no semestre passado, estudavam 272 alunos com deficiência na graduação e oito na pós-graduação. Túlio Gontijo, coordenador do Núcleo, afirma que não existe uma que demande mais da instituição e que cada uma delas vai exigir um tipo de prática diferente.
“ Para as pessoas surdas, temos a acessibilidade comunicacional. Para as cegas, a gente trabalha bastante com adaptação de material e transcrição. Com o autismo, a depender dos níveis, temos a adaptação de material, ledor e transcritor. Os deficientes físicos exigem menos do NAI e sim da própria universidade que precisa fazer a adaptação arquitetônica”, elenca o coordenador, que também é tradutor e intérprete de Libras e faz doutorado em Estudos de Linguagens.
“O NAI centraliza todas essas demandas, que antes eram pulverizadas na instituição, e as encaminha para as áreas de infraestrutura, graduação e pós-graduação, além de definir e executar as políticas de acessibilidade da UFMT”, destaca. Atualmente, os intérpretes, por exemplo, que antes atuavam apenas no curso de Letras/Libras, exercem suas funções e são formados no NAI, atendendo todas as áreas de formação da universidade, além de capacitar professores.
Com financiamento da CAPES, pelo Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap), o coordenador do NAI já publicou três livros. O primeiro deles compilou todas as pesquisas relacionadas à surdez e Libras na UFMT. Um outro é resultado de evento do Núcleo de Estudo e Pesquisa Emancipatória em Linguagem (Nepel) da universidade, e o terceiro, uma coletânea que reúne artigos de pesquisadores sobre estudos de tradução e interpretação de Língua de Sinais do Brasil. “São publicações que contribuem muito nesse processo de divulgação do conhecimento”, conclui.
Legenda das imagens:
Banner e imagem 1:
Priscila Lopes Ferreira é Bolsista da CAPES na área de linguística da UFMT
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
Imagem 2:
O Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) foi criado pela UFMT em 2021
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
Imagem 3:
À esquerda, Priscila Lopes Ferreira, Bolsista da CAPES, na área de linguística da UFMT
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
Imagem 4:
Túlio Gontijo e coordenador do NAI da UFMT
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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