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No mundo, cresce a participação feminina nas ciências
A participação feminina na pesquisa, no ensino e no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação brasileiras é crescente. A quantidade de mulheres em destaque por suas pesquisas e projetos reconhecidos tem aumentado consideravelmente.
Prêmios nacionais e internacionais têm sido entregues a pesquisadoras de todos os estados brasileiros. No último Prêmio CAPES de Tese , por exemplo, duas das três principais honrarias foram para trabalhos de produção feminina.
Sônia Bao, diretora de Avaliação da CAPES , lembrou que o número de mulheres ainda não está equiparado ao de homens, mas ponderou sobre cursos antes predominantemente masculinos, que hoje mostram um quadro diferente. “É preciso aumentar a base para conseguir chegar às posições de destaque”, afirmou.
A diretora lembrou a importante construção que vem sendo feita para que as mulheres cheguem à liderança. Áreas, antes com pouca ou nenhuma participação feminina, desde a graduação, hoje têm uma presença significativa em seus cursos e “isso se transfere para a pós-graduação, para professores do ensino superior, logo, para pesquisadoras”.
Dos 364 mil alunos de mestrado e doutorado no Brasil, 195 mil são mulheres. Entre os matriculados em cursos stricto sensu , elas representam 53%, além de serem 57% dos bolsistas da CAPES.
Estudos recentes apontam que a participação da mulher tem crescido, também, na assinatura de artigos científicos. Dos textos publicados no País, 72% são de autoria feminina, de acordo com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Em se tratando de dados mundiais, o relatório ‘Elsevier 2020 - A Jornada do Pesquisador através das Lentes do Gênero’ informa que “na maioria dos países, a proporção de mulheres para homens entre os autores é mais baixa nas ciências físicas e mais alta nas ciências da vida e da saúde”. Entretanto, no geral, a tendência é positiva: em todos os países estudados e na União Europeia, esta relação está mais próxima da paridade. Isto se evidencia nos últimos de cinco anos em comparação com uma década atrás.
“Vejo que, para o futuro, vamos avançar bastante. Já tem um caminho moldado para que isso aconteça. Nosso esforço em conquistar esses espaços está sendo reconhecido e evidenciado. Eu considero que fazemos um esforço bem maior do que os homens”, conclui Sônia Báo.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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