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Produção Científica: ministro prevê inclusão do Brasil entre os dez maiores do planeta
O Brasil subiu mais dois degraus no ranking da produção científica mundial, ao passar da 15ª para a 13ª colocação, superando Holanda e Rússia. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, se o país mantiver o ritmo, em pouco tempo estará entre os dez maiores produtores de conhecimento científico do mundo.
Entre 2007 e 2008, a produção científica brasileira aumentou 56%. "O indicador mostra o esforço nacional e o vigor das universidades federais", disse Haddad nesta quarta-feira, dia 6, na abertura da reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Básica (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O ministro destacou, entre os fatores que contribuem para esse crescimento, o aumento no orçamento das universidades federais desde 2005. Nesse período, também cresceu o número de professores com doutorado - mais dez mil foram selecionados por concurso público. Até 2010, 17 mil novos doutores vão lecionar nas universidades. "Os jovens doutores têm disposição de fazer diferença nos lugares mais longínquos do país. Por isso, os municípios do interior, agora, são produtores de ciência", afirmou Haddad. Segundo ele, isso só é possível pela atual capilaridade da rede federal de ensino, que também tem por finalidade a formação de professores da educação básica.
Ciência - Em 2008, o número de artigos científicos publicados no Brasil foi de 30.451, em comparação com os 19.436 publicados em 2007. Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e Inglaterra são os cinco primeiros colocados no ranking da produção científica, seguidos de França, Canadá, Itália, Espanha, Índia, Austrália e Coréia do Sul.
Formação - Sobre a questão da formação do magistério, o ministro ressaltou a mudança na atuação da Capes, que passou a ser responsável por essa área e instituiu a política nacional de formação de professores. A perspectiva é de atendimento imediato a cerca de 300 mil docentes, com prioridade para a formação inicial. Em torno de 90 instituições de educação superior participam da ação e 21 estados já elaboraram planos estratégicos.
"Assim como todo aluno da educação básica deve ter direito a estudar numa escola pública, todo professor tem o direito de se matricular numa universidade pública", enfatizou Haddad. Na visão do ministro, o professor também precisa ter garantia de permanência na profissão. Ou seja, saber que tem um piso salarial, um plano de carreira e perspectiva de formação continuada.
Nas palavras de Haddad, isso implica quebrar tabus sobre o magistério e trabalhar o imaginário do professor. "Falamos a mesma coisa sobre a carreira de que falávamos há 20 anos. Algumas ainda são verdade, mas outras não são mais. Para solucionar as que são verdade, devemos dialogar com a sociedade e pensar sobre o que deve ser mudado", destacou. (Assessoria de Comunicação do MEC)