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Ministro da Educação reafirma continuidade dos programas durante encontro nacional
"A crise atual não afeta em nada nossas ações", diz Fernando Haddad, ministro da Educação, em pronunciamento que abriu o Encontro Nacional de Coordenadores das Instituições de Ensino Superior do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), ontem, 16 de dezembro, em Brasília. Haddad disse não acreditar na descontinuidade da programação, pois ela põe em foco todos os pontos do tripé educação básica-superior- profissional, pondo em prática o preceito da Constituição de 1988.
Ainda segundo o ministro, o esforço de erguer a qualidade da educação básica depende da articulação entre as diversas possibilidades de ensino abertas pelas novas tecnologias. "Se quisermos de fato universalizar a educação, é fundamental acabar com os preconceitos contra a educação via eletrônica. Precisamos vencer as dificuldades de acesso".
As frases resumem o tom do encontro, no qual representantes das 74 instituições que compõem o Sistema UAB discutem a situação da educação a distância no país e sugerem propostas de aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica.
Se, por um lado, haverá 108 mil matriculados em 418 cursos até março do ano que vem, desafios ainda existem, como a melhoria da comunicação interinstitucional. "Queremos aumentar a qualidade da educação básica. Isto não é possível se, por exemplo, um professor de geografia dá aulas de matemática por não haver quem faça isso em sua cidade. A educação a distância quer corrigir essas assimetrias", Diz Celso Costa, diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O evento segue até hoje, 17 de dezembro, quando haverá o fechamento e apresentação dos grupos de trabalho. As propostas serão compiladas e encaminhadas ao MEC.
Criada pelo MEC em 2005, a Universidade Aberta do Brasil tem o objetivo de formar professores para a educação básica. A UAB não é uma instituição de ensino superior tradicional, mas uma articulação entre universidades estaduais, federais e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) para levar ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros nos quais não há cursos de formação superior, ou cujas ofertas são insuficientes para atender a todos.