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Microrganismos amazônicos surgem como alternativas aos derivados do petróleo
Vanessa Albuquerque de Mescouto, graduada e mestre pela Universidade Federal do Pará (UFPA), atualmente está realizando seu doutorado em biotecnologia na mesma instituição. Sua pesquisa foca no potencial das cianobactérias, microrganismos semelhantes a algas encontrados na Amazônia, para a produção de pigmentos industriais e como alternativas sustentáveis aos derivados do petróleo. Bolsista da CAPES, Vanessa também foi selecionada para atuar como embaixadora da Chemical Abstracts Services (CAS), representando a instituição em eventos acadêmicos e compartilhando suas experiências com outros estudantes de pós-graduação.
Sobre o que é a sua pesquisa?
Minha pesquisa do doutorado avalia o potencial das cianobactérias amazônicas para a produção de pigmentos e lipídios de interesse industrial. As cianobactérias são microrganismos com alto potencial biotecnológico para obtenção de bioprodutos, como os ácidos graxos e pigmentos. Esses compostos são de grande interesse industrial devido a possibilidade de substituir compostos químicos utilizados principalmente na área de alimentos, cosméticos, nutrição, farmácia e energia. O uso é interessante em razão de sua eficiência em produzir esses bioprodutos em quantidades elevadas e pela possibilidade de aumentar a produção realizando apenas modificações durante o cultivo.
O que vale destacar de mais relevante na sua pesquisa?
A utilização de cianobactérias em infinidade de compostos que podem substituir substâncias que são nocivas para a saúde humana e para o meio ambiente. Além do mais, são sustentáveis e não necessitam de muitos recursos para crescerem e nem de grandes áreas cultiváveis quando comparada as variedades vegetais.
Qual a contribuição da sua pesquisa para a sociedade?
A pesquisa oferece alternativas aos produtos derivados do petróleo ou a outros que não são ambientalmente corretos. Avaliamos novas possibilidades para a obtenção de insumos que, no futuro próximo, poderão ser utilizados na alimentação, em cosméticos e como fontes de energia. Esses produtos são mais naturais e menos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
De que forma a bolsa da CAPES contribui para sua formação?
Ser bolsista CAPES, tanto no mestrado e quanto agora no doutorado, me deu a tranquilidade de ter os recursos financeiros para me manter estudando e alcançar meu objetivo de fazer um doutorado. Com o apoio da bolsa, pude estudar, participar de eventos e me dedicar integralmente a minha pesquisa. Sem a bolsa, eu enfrentaria muitas dificuldades para me manter somente como pesquisadora.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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